O governo do estado, após destruir de vez o transporte ferroviário do estado, se prepara para o golpe final nos bondes. Através da contratação da reinvenção da roda usando uma empresa portuguesa para dizer o óbvio (parece piada).
A principal sugestão dos portugueses é a troca dos trilhos, solicitada pelo corpo técnico da central já faz mais de cinco anos....
A questão não é a compet\ência dos portugueses em si, mas sim a armadilha do governo do estado do rio, contarta-se uma consultoria estrangeira, que diz oesperado, calcula-se o custo nas alturas e depois com a justificativa de não haver recursos se privatiza o sistema, entregado de mão beijada a estrangeiros pagadores de propina (vide supervia e metrô).
Se não der para privatizar, aproveitam a paralização causada pela tragédia e sucateiam o sistema...
Golpe de mestre.
Por Antônio Pastori e Nelson Dantas
Esta semana aconteceu um Seminário
Técnico sobre os Bondes de Sta. Tereza, promovido pela AMAST - Ass. dos
Moradores e Amigos de Sta. Tereza.
"Após mais de três horas de discussão e debates acirrados, para mim ficou estremamente claro que:
- A Engenharia nacional tem total condições de tratar do problema, sem haver necessidade de consultar os engenheiros portugueses, sem nenhum demérito; Varios depoimentos relataram problemas de engenharia ferroviária - insóluveis aos ohos dos técnicos no exterior - que foram aqui resolvidos satisfatoriamente.
- Deve ser criada uma Comissão para acompanhar a "intervenção" e apresentar soluções tipo, "Qual o melhor modelo gerencial: uma Fundação, OSCIP, ou deve continuar sobre o instável guarda-chuva do Estado?
- Deverá ser oeferecida denúnica ao Ministéruio Público para intimar os verdadeiros responsáveis que foram omissos na questão da manutenção.
- Deverá ser eaborada uma Carta, Manifesto ou Abaixo Assinado, ou algo semelhante, expondo os problemas, apontando soluções para o Sistema de Bondes, pedindo apoio popular.
- Deverá ser convocada uma nova Audiência Pública, pois a anterior "não valeu", pois já estava marcada há dias (era para para tratar da morte daquele turista francês que caiu dos Arcos da Lapa) e, portanto, o Secretário de Transportes JL não havia sido convocado.
O bonde como resposta a crise de mobilidade
Os bondes quando apareceram representavam o mais moderno transporte mundial e ajudaram a construir e a formatar as Cidades Modernas. No Brasil eles chegaram cedo, no Rio de Janeiro foi antes de toda a Europa, a excessão da França, e o primeiro de MInas começou a operar em Juiz de Fora em 1871. A tecnologia era tão moderna que a implantação se dava através de precoces PPPs, mas quando acabava o dinheiro sobrava para o Poder Público Municipal a responsabilidade de manter os bondes. O declínio dos bondes na América Latina coincide com o crescimento do transporte individual nos EUA, uma vez que a retirada de circulação dos bondes de lá implicou na falta de peças de reposição para boa parte dos sistemas latino-americanos. Mas será que esse seria um motivo suficiente?
Das centenas de sistemas de bonde de passageiros funcionando no pós-guerra, apenas a linha de Santa Teresa continuou a funcionar e sob a responsabilidade do poder público, assim como a Carris de Portugal. Como toda a Europa também Portugal está sistematicamente investindo no retorno dos bondes. E esse retorno dos bondes modernos, hoje conhecidos como Veículos Leve sobre Trilhos (VLT), é uma resposta a crise da mobilidade ocasionada pelo excesso de carros e marca o fim do Império dos Automóveis que terão agora de aprender a conviver com reserva de espaço para o transporte público e com níveis crescentes de restrição de tráfego.
Importante lembrar o documentário Taken for a Ride (96) que mostra a grande indústria norte-americana de automóveis, de pneus e de petróleo como responsáveis pelo fim dos bondes nos EUA colocando os interesses financeiros acima do interesse dos próprios cidadãos americanos. Quem sabe o retorno dos bondes não possa significar o fim de outros impérios?"
Fonte o Dia
Uma
equipe da Comissão Interventora da Central, empresa que administra o
bonde de Santa Teresa, voltou este fim de semana de Portugal
entusiasmada com as instalações da Carris, que opera os bondes de
Lisboa. O grupo deve apresentar amanhã ou depois a decisão sobre a
contratação da consultoria da firma portuguesa para melhorar a gestão e a
operação dos bondes cariocas.
Os interventores constataram que é
possível a substituição do sistema de contratrilhos, usados em Santa
Teresa, por bilabiados, que são utilizados em Lisboa e reduzem riscos de
acidentes em terrenos irregulares. “Os técnicos brasileiros já
apontavam os bilabiados como mais seguros mas, vendo os bondes rodarem
sobre os mesmos, pode-se ter a real ideia da confiabilidade e segurança
proporcionadas por esse tipo de equipamento”, disse Rogério Onofre,
presidente do Detro, que comanda a intervenção.
Caso o contrato com a Carris seja
fechado, os portugueses já chegam ao Rio na primeira semana de outubro
para prestarem consultoria.
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Postado por CFVV no CFVV - SUL DE MINAS em 9/26/2011 12:54:00 PM
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