segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Notícias da nuncaanteslândia®

Três Rios - Publicado em 08/02/11 10h35
T’Trans vai construir um dos mais modernos bondes do mundo
Autor: Riley Rodrigues

A T’Trans Sistema de Transporte S/A, cuja fábrica fica em Três Rios, venceu
a licitação de R$ 2,8 milhões para o fornecimento de dois veículos para a
linha do Aeromóvel de Porto Alegre (RS). A linha ligará o novo terminal de
passageiros do Aeroporto Internacional Salgado Filho à Linha 1 da Trensurb.
Os veículos que serão construídos pela T’Trans terão capacidade para 150 e
300 passageiros. A T’Trans tem prazo de seis meses a partir da assinatura do
contrato para, além da fabricação, executar os serviços de engenharia,
suprimentos, montagem, instalações e transporte.

O Aeromóvel a ser construído pela T’Trans obedecerá o protótipo desenvolvido
Grupo Coester, de São Leopoldo (RS) no ano passado
. O Aeromóvel é um tipo de
bonde que funciona em via elevada e utiliza propulsão pneumática - o ar é
soprado por ventiladores industriais de alta eficiência energética, por meio
de um duto localizado dentro da via elevada. O vento empurra uma aleta
semelhante a uma vela de barco fixada por uma haste ao veículo, que se
movimenta sobre rodas de aço em trilhos.

A T'Trans foi a única empresa que apresentou proposta para o fornecimento
dos veículos. Pelo projeto o Aeromóvel correrá sobre uma viga oca de
concreto, onde existe um êmbolo impulsionado por ar comprimido produzido por
estações fixas. O êmbolo é ligado ao veículo e faz com que ele se desloque.
A tecnologia foi tentada na Inglaterra e na França no final do século XIX,
sem sucesso.

Os veículos que serão construídos pela T’Trans terão dois modelos: A-100:
com 12,90m de comprimento e capacidade para 150 lugares; e A-200:com 24,20m
de comprimento e capacidade para 300 passageiros.

Criada em 1997 a partir de uma sociedade entre a PEM Engenharia e o
empresário Massimo Giavina-Bianchi. Em 1998 a T’Trans assumiu o controle da
Cia. Industrial Santa Matilde através de um “Contrato de Gestão
Profissionalizada”, homologado na Justiça do trabalho. As tentativas de
recuperar a companhia, uma das maiores do Brasil no setor metroferroviário
não tiveram sucesso e o período foi marcado por embates com o Sindicato dos
Ferroviários.

Em 2009 a T’Trans ampliou a fábrica de Três Rios em 5 mil/m², passando a ter
64.700/m² de área total, sendo 23.800 de área construída.

http://www.entreriosjornal.com.br

 
Só para situar o leitor , o aeromóvel não é invenção da T'trans, O Aeromóvel é um bondinho automatizado em via elevada de concepção inteiramente brasileira que utiliza um singular sistema[1] de propulsão pneumática, inventado por Oskar H.W. Coester. Que apesar do nome é brasileiro.
O projeto já existe a pelo ao menos 20 anos, e já existe a vários anos uma linha de teste de cerca de 1Km em Porto Alegre-RS, o sistema já foi montado também na indonéisa, para operação comercial.
O sistema proposto se finalmente sair do papel vai ligar a estação de trem Aeroporto da Trensurb, ao aeroporto que fica bem próximo mas não tem acesso fácil a partir da estação, principalmente para o passageiro típico que se dirige a um aeroporto, cheio de malas.
um sistema leve de baixa capacidade e elevada frequência, como esse é perfeito para esse tipo de aplicação.

O aeromóvel em serviço no exterior

Alguma referências interessantes para quem quiser conhecer mais uma invenção brasileira.


http://www.pucrs.br/aeromovel/index.php

http://www.mecanica.ufrgs.br/mmotor/aeromovel.htm



28/03/07 - CBTU Seminário discute Implantação de Aeromóvel

No Painel “Tendências Tecnológicas para Transporte Urbano: sobre trilhos,
sobre pneus e outras modalidades”, no Seminário “Porto Alegre nos Trilhos”,
dia 27 de março, o técnico aeronáutico e criador do Aeromóvel, Oskar Coester,
a questão urbana, desde a década de 1960, é muito complexa, em virtude dos
espaços físicos nas ruas e avenidas, da elevada emissão de gases poluentes e até
mesmo do peso dos veículos que trafegam, desde um simples carro popular até
ônibus articulados ou não. Desde então, ele iniciou o estudo de um projeto de
transporte público eficiente e de baixo impacto ambiental, utilizando a propulsão
a ar. Para tal, estabeleceu como condições básicas, que o sistema teria que ser
elevado ou subterrâneo e em via exclusiva, para não conflitar com o tráfego de
superfície; custo de implantação e operação extremamente baixo; seguro,
confortável, confiável e rápido; "ecologicamente correto"; deveria impactar e
perturbar o meio ambiente muito menos, do que qualquer sistema existente.
Na época não existia nenhum sistema com essas características. Em maio de
1977, ele testou um vagonete sobre trilhos carregado com sacos de areia. Em
1979, Jorge Franciscone, diretor da extinta EBTU (Empresa Brasileira de
Transporte Urbano), garantiu US$ 4 milhões para a construção da via
experimental em Porto Alegre, no Gasômetro, que passou a funcionar em
caráter experimental em 1983, testada várias vezes. Segundo Coester, hoje o seu
custo é quase dez vezes inferior do que para se instalar um metrô subterrâneo,
com a mesma capacidade de transporte.
O uso do Aeromóvel com esta tecnologia pode ser adotado, após estudos
técnicos, entre os quais a relação custo x benefício, como o número de usuários
a serem transportados, entre a Estação Aeroporto da Trensurb e o Aeroporto
Internacional Salgado Filho. “Conforme a extensão atual do trajeto entre o
metrô e o aeroporto, o deslocamento será feito em 70 segundos”, afirmou
Coester.
Linha Comercial
O Aeromóvel já está sendo utilizado, desde 1989, numa linha de 3,5
quilômetros, num parque de Jacarta (Indonésia), onde há centros de convenção,
prédios culturais e uma universidade. Até hoje é a única linha em operação
comercial no mundo, onde já transportou, sem falhas, mais de 14 milhões de
passageiros. Em 1980, foi utilizado em uma feira de Hannover, onde cerca de
nove mil pessoas foram transportadas. Atualmente, a meta é aplicar a tecnologia
em sistemas pequenos para mais adiante aplicar em sistema de transporte mais
longos e com um expressivo número de passageiros. Como exemplo, voltou a
citar o interesse da Trensurb, através do Ministério das Cidades.
28/03/07 -
1 de 2 21/2/2011 17:59
A construção do aeromóvel deverá ser em elevada, visando ter um custo de
implantação muito menor do que um sistema enterrado e evitar conflito com o
trânsito de superfície, o que conferiria total mobilidade, velocidade e segurança.
Baseado na engenharia de aviação, o veículo do sistema Aeromóvel tem quatro
vezes menos "peso morto" em relação à carga útil transportada, comparado com
qualquer vagão ferroviário. O sistema também dispensa a necessidade de
condutor e as manobras são feitas nas estações por controle remoto
computadorizado.
O Aeromóvel foi concebido para ser construído e implantado sem a necessidade
da importação de um único parafuso, portanto, beneficiando 100% a indústria
nacional — tanto a da construção civil, a metalúrgica, a eletroeletrônica, a de
autopeças e a mecânica, além da exportação, como já ficou demonstrado.
Fácil Implantação
Para a implantação do sistema Aeromóvel não é necessário realizar
desapropriações, portanto, pode ser levado facilmente a qualquer ponto das
cidades utilizando-se das áreas públicas já existentes. Essa é uma das grandes
ferramentas para a regeneração urbana. Como o sistema funciona acionado por
energia elétrica alternada e de baixa tensão, não é necessário, como no caso dos
trens e metrôs, a construção das caríssimas estações de rebaixamento de
voltagem e retificação de corrente, porque a simples utilização de motores
trifásicos, de até 200 CV, são suficientes nas estações de bombeamento de ar,
mesmo para os trechos de maior velocidade ou aclive. Estando as estações de
bombeamento de ar equipadas com geradores de emergência, o sistema não pára
em casos de apagão.
O Aeromóvel, literalmente, pode ser movido a vento em regiões propícias à
utilização da energia elétrica fornecida por geradores eólicos — que já são
produzidos no Brasil e exportados até para a Alemanha por uma empresa
instalada em Sorocaba (SP). Também pequenas hidroelétricas, biogás, gás
natural, o metano produzido por aterros sanitários, etc., podem ser utilizados
direta ou indiretamente para a sua propulsão.
Coester diz que o preço do transporte por passageiro, através do Aeromóvel,
fica até três vezes menor do que o pago em qualquer linha de ônibus que cumpre
o mesmo percurso.



domingo, 13 de fevereiro de 2011

Para quem está acostumado a viajar de marmita nos subúrbios, seguem algumas imagens dohotel sobre trilhos entre Rio e São Paulo.
Com cerca de 9h de viagem para ir e outras 9 para voltar era perfeito não só para turistas mas para quem tinha tarefas a cumprir em são paulo, poi se podia embarcar de manhã no rio ter uma excelente noite de sono o conforto a  bordo e chegar de  manhã no centro de são paulo pronto para trabalhar, sem necessidade de um hotel.


quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Ontem hoje e sempre

As fotos abaixo para olhos não acostumados com as ferrovias quer dizer nada ou muito pouco, mas para quem acompanha a história dos trilhos no Brasil elas marcam uma era.

Na primeira foto, ontem, vemos um vagão gaiola da RFFSA, provavelmente construído ainda naépoca da tração a vapor, quando se tranportavam animais pelas ferrovias e ainda em serviço com sua pintura vermelho-óxido da RFFSA que dominou as pátios durante quase 50 anos.
A sua esquerda o guindaste BURRO e uma plataforma quase tão antigos ou tão antigos quanto, mas já marcados com a identidade da sua operadora da era de privatização, ao fundo com a pintura já desgastada vagões comprados já na época da empresa privada, tantos anos depois.

 

Na segunda foto, hoje, a mesma prancha e vagão, trilhos sendo trocados, mas ao fundo os novíssimos vagões da RUMO comprados já visando as operados independentes, o futuro...

  Fotos feitas ontém em Itu-SP, por Fernando Da Silva Rodrigues

E assim SEMPRE segue a ferrovia e o Brasil se contruindo e destruindo ao mesmo tempo, as mesmas ferrovias abertas no império foram feitas politicamente e a baixo custo de tal forma a se tornaram anti-econômicas e acabaram por isso. A mesma RFFSA que dieselinizou as ferrovias, criou os projetos de transporte de granéis, uniu malhas, construiu sistemas metropolitanos, desativou praticamente metade da quilometragem das estradas de ferro no Brasil, e acabou com os trens de passageiros e com a diversidade da carga tranportada. E agora as operadoras privadas que renovam seus equipamentos e recuperam parte do que foi perdido pelha velha RFFSA mas continuam a eliminar linhas e rejeitam de toda forma qualquer iniciativa para transporte de passageiros além de manter muitos dos vícios da RFFSA.

Mas sempre há algo que sobrevive a estes ciclos, tal como estes vagões a Central do Brasil, ou a linha entre Curitiba e Paranaguá. E que estes vagões estejam no sempre!