sábado, 31 de julho de 2010

O maquinista do trem fantasma apita em todas as curvas do país sem ferrovias

Texto pró tucano, porém até que bem escrito...

Por Augusto Nunes

O presidente Lula já apareceu fantasiado de piloto de avião, cangaceiro, noivo de festa junina, cavaleiro, cacique, caminhoneiro, sem-terra, farofeiro com isopor, índio boliviano, rei africano, cartola, dono do time, jogador de futebol, churrasqueiro, até de estadista. Mas nunca foi fotografado brincando de maquinista numa locomotiva. Não por falta de vontade, mas por falta de locomotivas, vagões e trilhos. A rede ferroviária brasileira é pouco mais que nada, o sistema de transporte de passageiros está em frangalhos. Mas Lula resolveu juntar à coleção a fantasia de maquinista de trem-bala.

“Vai ter gente que não vai gostar, porque estamos gastando dinheiro no trem-bala”, recitou outra vez, sempre duelando contra o sujeito indeterminado. “Essa gente quer fazer um trem lesma, mas nós queremos logo o bicho mais ligeiro. O pessoal viaja para China e lá o trem é maravilhoso, mas aqui no Brasil é aquele toc-toc pendurado. O Brasil tem competência e vamos fazer”. Com um presidente que diz essas coisas, nenhum país pode fazer muito. Em matéria de ferrovia, o Brasil de Lula não tem feito coisa alguma.

A menção à China confirma que o chefe de governo é fruto do cruzamento da soberba com a ignorância. Em 2002, quando os chineses embarcaram pela primeira vez num trem de alta velocidade (TAV), a malha ferroviária tinha 54 mil km de trilhos espalhados por um território de 9,6 milhões de quilômetros quadrados. O Brasil tem 8,5 milhões de quilômetros quadrados e menos de 29 mil km, quase todos administrados por empresas privadas e restritos ao transporte de cargas.

A frequência e a desenvoltura com que vem despejando vigarices ferroviárias sugere que, para Lula, brasileiro aceita qualquer número. O silêncio dos adversários reafirma que a oposição odeia conferir contas. Se não fosse assim, multidões de adversários estariam debruçados sobre relatórios oficiais que, além de implodirem as invencionices federais,  retratam o espetacular descarrilamento da tese da herança maldita: basta colocar em trilhos paralelos o segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso e primeiro do sucessor. Entre o começo de 1999 e o fim de 2002, os investimentos em ferrovias somaram R$ 601 milhões. Entre janeiro de 2003 e dezembro de 2006, ficaram em R$ 519 milhões.(Nota 1)
Só Lula consegue ser pior que Lula, atestou o mais recente balanço do PAC. De janeiro de 2007 a abril de 2010, o governo triplicou os gastos do primeiro mandato para anexar à rede apenas um trecho de 356 km da Ferrovia Norte-Sul, que começou a ser construída em 1987 e foi sucessivamente interditada pelas milícias do PT. Num discurso pronunciado em Aracaju no ano seguinte, o Lula oposicionista incluiu a obra entre as provas de que “José Sarney é o maior ladrão do Brasil”.

“O presidente da República”, berrou o palanqueiro, “ao invés de fazer açude, ao invés de fazer cacimba, ao invés de fazer poço artesiano ou fazer irrigação no Nordeste, vai gastar 2 bilhões e meio de dólares pra construir uma ferrovia, Norte-Sul, ligando a casa dele no Maranhão até a casa dele em Brasília”. Nada como um trilho depois do outro: em quatro anos, Lula torrou  R$1,15 bilhão no que lhe pareceu, até o fim do século passado, “um monumento à gastança”.

Canastrões não se inibem por tão pouco, avisa a performance do protagonista da farsa. Se não há obras a inaugurar, sobram pedras fundamentais, licitações, leilões e editais. Se quase nada foi feito, muito se fará, garante a discurseira do presidente e da sucessora que inventou. Nos próximos quatro anos, anda declamando a dupla no comício mais longo de todos os tempos, o Brasil ferroviário será vitaminado com R$ 43,9 bilhões ─ 40 vezes mais que o dinheiro aplicado nos dois mandatos do supergovernante. Pelo menos R$ 33 bilhões serão engolidos pelos 500 km do trem-bala.

Em 2008, quando foi incluído no PAC, o trem-bala custaria R$ 20 bilhões, seria licitado em 2009 e começaria a circular em 2014, para mostrar aos turistas deslumbrados com o anfitrião da Copa do Mundo que com o Brasil ninguém pode. Há 10 dias, quando Lula e Dilma inauguraram a promessa de começar a costrução assim que puderem, o trem-bala brasileiro transformou- se no primeiro da história que, ainda na fase do edital, ficou 50% mais caro e acrescentou mais dois anos ao prazo originalmente fixado para o fim das obras.
O maquinista do trem fantasma segue apitando em todas as curvas do país sem ferrovias. Mas o histórico da Era Lula informa que o colosso não ficará pronto em 2016. Talvez não fique pronto nunca. Melhor para o Brasil, que não precisa de trem-bala. Só precisa de trens e ferrovias. (Amém)

Nota 1: Sobre a declaração dos investimentos feitos na malha ferroviária pelo (des)governo FHC.

É bom deixar bem claro que foi este governo que privatizou a RFFSA, justamente com a justificativa de assim eliminar a necessidade de injeção reursos públicos nas ferrovias.
Se no própio governo FHC foi aplicado este valor de dinheiro público nas ferrovias PRIVATIZADAS, por que o governo Lula deveria aplicar ainda mais dinheiro na malha, que foi privatizada para não necessitar de recuursos públicos?

O maquinista do trem fantasma apita em todas as curvas do país sem ferrovias

Texto pró tucano, porém até que bem escrito...



Por Augusto Nunes


O presidente Lula já apareceu fantasiado de piloto de avião, cangaceiro, noivo de festa junina, cavaleiro, cacique, caminhoneiro, sem-terra, farofeiro com isopor, índio boliviano, rei africano, cartola, dono do time, jogador de futebol, churrasqueiro, até de estadista. Mas nunca foi fotografado brincando de maquinista numa locomotiva. Não por falta de vontade, mas por falta de locomotivas, vagões e trilhos. A rede ferroviária brasileira é pouco mais que nada, o sistema de transporte de passageiros está em frangalhos. Mas Lula resolveu juntar à coleção a fantasia de maquinista de trem-bala.


“Vai ter gente que não vai gostar, porque estamos gastando dinheiro no trem-bala”, recitou outra vez, sempre duelando contra o sujeito indeterminado. “Essa gente quer fazer um trem lesma, mas nós queremos logo o bicho mais ligeiro. O pessoal viaja para China e lá o trem é maravilhoso, mas aqui no Brasil é aquele toc-toc pendurado. O Brasil tem competência e vamos fazer”. Com um presidente que diz essas coisas, nenhum país pode fazer muito. Em matéria de ferrovia, o Brasil de Lula não tem feito coisa alguma.


A menção à China confirma que o chefe de governo é fruto do cruzamento da soberba com a ignorância. Em 2002, quando os chineses embarcaram pela primeira vez num trem de alta velocidade (TAV), a malha ferroviária tinha 54 mil km de trilhos espalhados por um território de 9,6 milhões de quilômetros quadrados. O Brasil tem 8,5 milhões de quilômetros quadrados e menos de 29 mil km, quase todos administrados por empresas privadas e restritos ao transporte de cargas.


A frequência e a desenvoltura com que vem despejando vigarices ferroviárias sugere que, para Lula, brasileiro aceita qualquer número. O silêncio dos adversários reafirma que a oposição odeia conferir contas. Se não fosse assim, multidões de adversários estariam debruçados sobre relatórios oficiais que, além de implodirem as invencionices federais,  retratam o espetacular descarrilamento da tese da herança maldita: basta colocar em trilhos paralelos o segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso e primeiro do sucessor. Entre o começo de 1999 e o fim de 2002, os investimentos em ferrovias somaram R$ 601 milhões. Entre janeiro de 2003 e dezembro de 2006, ficaram em R$ 519 milhões.(Nota 1)
Só Lula consegue ser pior que Lula, atestou o mais recente balanço do PAC. De janeiro de 2007 a abril de 2010, o governo triplicou os gastos do primeiro mandato para anexar à rede apenas um trecho de 356 km da Ferrovia Norte-Sul, que começou a ser construída em 1987 e foi sucessivamente interditada pelas milícias do PT. Num discurso pronunciado em Aracaju no ano seguinte, o Lula oposicionista incluiu a obra entre as provas de que “José Sarney é o maior ladrão do Brasil”.


“O presidente da República”, berrou o palanqueiro, “ao invés de fazer açude, ao invés de fazer cacimba, ao invés de fazer poço artesiano ou fazer irrigação no Nordeste, vai gastar 2 bilhões e meio de dólares pra construir uma ferrovia, Norte-Sul, ligando a casa dele no Maranhão até a casa dele em Brasília”. Nada como um trilho depois do outro: em quatro anos, Lula torrou  R$1,15 bilhão no que lhe pareceu, até o fim do século passado, “um monumento à gastança”.


Canastrões não se inibem por tão pouco, avisa a performance do protagonista da farsa. Se não há obras a inaugurar, sobram pedras fundamentais, licitações, leilões e editais. Se quase nada foi feito, muito se fará, garante a discurseira do presidente e da sucessora que inventou. Nos próximos quatro anos, anda declamando a dupla no comício mais longo de todos os tempos, o Brasil ferroviário será vitaminado com R$ 43,9 bilhões ─ 40 vezes mais que o dinheiro aplicado nos dois mandatos do supergovernante. Pelo menos R$ 33 bilhões serão engolidos pelos 500 km do trem-bala.


Em 2008, quando foi incluído no PAC, o trem-bala custaria R$ 20 bilhões, seria licitado em 2009 e começaria a circular em 2014, para mostrar aos turistas deslumbrados com o anfitrião da Copa do Mundo que com o Brasil ninguém pode. Há 10 dias, quando Lula e Dilma inauguraram a promessa de começar a costrução assim que puderem, o trem-bala brasileiro transformou- se no primeiro da história que, ainda na fase do edital, ficou 50% mais caro e acrescentou mais dois anos ao prazo originalmente fixado para o fim das obras.
O maquinista do trem fantasma segue apitando em todas as curvas do país sem ferrovias. Mas o histórico da Era Lula informa que o colosso não ficará pronto em 2016. Talvez não fique pronto nunca. Melhor para o Brasil, que não precisa de trem-bala. Só precisa de trens e ferrovias. (Amém)

Nota 1: Sobre a declaração dos investimentos feitos na malha ferroviária pelo (des)governo FHC.

É bom deixar bem claro que foi este governo que privatizou a RFFSA, justamente com a justificativa de assim eliminar a necessidade de injeção reursos públicos nas ferrovias.
Se no própio governo FHC foi aplicado este valor de dinheiro público nas ferrovias PRIVATIZADAS, por que o governo Lula deveria aplicar ainda mais dinheiro na malha, que foi privatizada para não necessitar de recuursos públicos?

domingo, 25 de julho de 2010

Promessas...

Estações de trem serão reformadas

A obra que remodelará 8 paradas começa por Magalhães Bastos e Vila Militar

POR MAHOMED SAIGG
 
Rio - As estações de trem de Magalhães Bastos e da Vila Militar, no ramal Santa Cruz, vão ficar de cara nova. A Secretaria Estadual de Transportes publica, nos próximos dias, edital de licitação para as obras de ampliação e modernização de duas das oito estações que serão reformadas até as Olimpíadas de 2016.

O projeto faz parte do pacote de compromissos assumidos pelo governo do estado com o Comitê Olímpico Internacional (COI), para a realização dos Jogos. As outras seis estações que também serão reformadas são: Deodoro, Madureira, Engenho de Dentro, Mangueira, Maracanã e São Cristóvão. Essas paradas terão escadas rolantes, banheiros e até elevadores.

Localizadas em regiões consideradas estratégicas pela proximidade de alguns locais de competição, as estações de Magalhães Bastos e da Vila Militar deverão ficar prontas em 2011.

A notícia agradou à equipe de avaliadores do COI que, desde domingo, estão no Rio. Eles vieram ver de perto como está o andamento dos projetos e das obras prometidas pelas autoridades brasileiras.


Para quem acompanhou o inferno, digo ao Pan-Americano no Rio, foi prometido a época que todas as estações entre D. Pedro II e Deodoro seriam modernizadas, principalmente para melhorar o acesso de deficientes físicos as estações, ...., nem mesmo as estações nos locais onde haveria competição, tiveram suas reformas concluídas, até hoje.

Já foi apresentada uma "solução" rodoviária pra a ligação dessa área com os demais locais de competição, lógico sem nenhuma integração com os trens de suburbio. Então quem acredita que algo será feito pela ferrovia na zona oeste? Ou melhor que acredita em duendes?

Promessas...

Estações de trem serão reformadas

A obra que remodelará 8 paradas começa por Magalhães Bastos e Vila Militar

POR MAHOMED SAIGG
 
Rio - As estações de trem de Magalhães Bastos e da Vila Militar, no ramal Santa Cruz, vão ficar de cara nova. A Secretaria Estadual de Transportes publica, nos próximos dias, edital de licitação para as obras de ampliação e modernização de duas das oito estações que serão reformadas até as Olimpíadas de 2016.

O projeto faz parte do pacote de compromissos assumidos pelo governo do estado com o Comitê Olímpico Internacional (COI), para a realização dos Jogos. As outras seis estações que também serão reformadas são: Deodoro, Madureira, Engenho de Dentro, Mangueira, Maracanã e São Cristóvão. Essas paradas terão escadas rolantes, banheiros e até elevadores.

Localizadas em regiões consideradas estratégicas pela proximidade de alguns locais de competição, as estações de Magalhães Bastos e da Vila Militar deverão ficar prontas em 2011.

A notícia agradou à equipe de avaliadores do COI que, desde domingo, estão no Rio. Eles vieram ver de perto como está o andamento dos projetos e das obras prometidas pelas autoridades brasileiras.


Para quem acompanhou o inferno, digo ao Pan-Americano no Rio, foi prometido a época que todas as estações entre D. Pedro II e Deodoro seriam modernizadas, principalmente para melhorar o acesso de deficientes físicos as estações, ...., nem mesmo as estações nos locais onde haveria competição, tiveram suas reformas concluídas, até hoje.

Já foi apresentada uma "solução" rodoviária pra a ligação dessa área com os demais locais de competição, lógico sem nenhuma integração com os trens de suburbio. Então quem acredita que algo será feito pela ferrovia na zona oeste? Ou melhor que acredita em duendes?

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Aos olhos, que a terra há de comer!


Locomotiva da Estrada de Ferro Leopoldina, tipo 0-6-2-T, número 1422.
Foto tirada em 1937.


Obtida atravé do MOSI, em inglês museu de ciência e indústria, http://emu.msim.org.uk/htmlmn/collections/online/display.php?irn=30629&QueryPage=%2Fhtmlmn%2Fcollections%2Fonline%2Fsearch.php&section=

Uma das deficiências das mais graves que encontramos em solo pátrio é a amnésia coletiva que toma conta das cabeças.
Somos o país do novo, do nunca antes feito, do agora vai...
É absurdo o fato de que se consegue detalhes sobre a história do nosso país com muito mais facilidade em terras estrangeiras do que por aqui.
Recebemos no rio de Janeiro a maravilhosa notícia de que a prefeitura através de uma renovação de concessão para lá de fraudulenta vai melhorar os acessos ao estádio de Engenho de Dentro.
Para quem não sabe este estádio foi erguido implodindo-se as centenárias oficinas de trens ali existentes, oficinas estratégicas se se pretendia expandir a rede de metrõ da cidade do rio...
Pois bem além da construção de um viaduto para facilitar o acesso ao estádio se prevê a construção de um estacionamento na área para receber o novo fluxo de carros.
Os únicos pedaços de chão restantes da oficina, ainda não destruídos totalmente são o prédio da administração e o museu (onde se encontra a baronesa, primeira locomotiva do Brasil).

Advinhem onde deve ser o estacionamento...

Segue a referência do site inglês, http://www.mosi.org.uk/, pois em breve se quisermos ver algo destas importantíssimas oficinas teremos que recorrer aos sites estrangeitros.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

O que dá para carregar em um trem?

Responda rápido...






























Tudo isso graças a largura da bunda do cavalo romano...

http://www.amantesdaferrovia.com.br/profiles/blogs/da-largura-de-duas-bundas-de?xg_source=activity

O que dá para carregar em um trem?

Responda rápido...






























Tudo isso graças a largura da bunda do cavalo romano...

http://www.amantesdaferrovia.com.br/profiles/blogs/da-largura-de-duas-bundas-de?xg_source=activity

Trens da linha 4 do metrô são conduzidos por rádio

Notícia sem graça, afinal a supervia no rio já te driverless a um bom tempo, quem se lembra daquele trem desgovernado em Ricardo de Albuquerque a uns 2 meses atrás...



São Paulo

A linha 4 - Amarela, inaugurada essa semana em São Paulo, traz diversas novidades tecnológicas aos paulistas.

Uma delas são os trens sem condutores (driveless), que funcionam sendo operados por rádio. A linha é controlada de forma remota pelo Centro de Controle Operacional (CCO) e a estação é a primeira da América Latina a adotar o sistema sem condutor. Os trens utilizam um sistema carrossel, onde todos seguem a mesma velocidade e o ajuste é feito diante do tráfego de trens. 

comunicação entre os trens e o CCO é feita através de antenas nos túneis e um mapa eletrônico no Centro de Controle permite a visão da posição de cada trem.

Outra novidade da estação é o acesso à internet por conexão sem fio, onde o usuário poderá acessar a internet de qualquer lugar da estação.

A linha 4 - Amarela começou a funcionar 27/05 somente entre as estações Faria Lima e Paulista, das 9hrs às 15hrs. No início, a estação ficará em regime de operação assistida.