quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Matéria do Bom dia Brasil - Em breve vãio ter que mudar o nome do jornal


Abaixo, temos um video - e texto - de uma reportagem abaixo do padrão de qualidade Globo, alem confundir e ser pouco esclarecedora, que foi ao ar no hoje jornal Bom Dia Brasil de Hoje (TV Globo). Ao misturar vagões de carga acidentados com carros de passageiros abandonados, como se fossem uma única coisa, a matéria confunde o telespectador. Erra ao apontar, no final, um só culpado pelo abandono, a tal de ALL-América Latina Logística, que opera a malha ferroviária no Sul do Brasil. Não menciona o DNIT, orgão ligado ao Ministério dos Transportes que eh responsável pelo material rodante não operacional, ou seja, aqueles carros de passageiros, vagões e locomotivas que não foram arrendados as operadoras de carga por estar obsoleto, defeituoso, enferrujado, acidentado, etc...

Para quem desconhece o assunto, a reportagem começa mostrando material rodante (Patrimônio do Povo Brasileiro) abandonado no quarto deposito em Santos Dumont/MG. La estao alguns carros do trem de Prata, Automotrizes Budd (88 passageiros) que faziam viagens Rio-Sao, Magaratiba, BH e outros lugares. La também estão estragando os carros de aço carbono do famoso Xangai que operava entre Juiz de Fora e Matias Barbosa e a operação foi paralisada quando a malha foi entregue para MRS transportar carga somente.

Boa parte desse material do 4o. deposito, que ate então estava em perfeitas condições, foi propositalmente "abandonado", esquecido, jogado ao lado, pelas "otoridades" que optaram pelos trens de carga.

Tem material idêntico abandonado, com carros do trem de Prata em perfeitas condições, apodrecendo em Francisco Bernardino, em Juiz de fora e em BH...

E tem muitos vagões de carga abandonados por ai. Alguns são da extinta RFFSA que não serviam aos interesses dos novos operadores.

Os vagões estragados, tombados que a matéria mostra no Estado de São Paulo, parte pertencia a RFFSA e parte (os mais novos) a ALL, que eh considerada uma das piores operadoras. Visa o lucro acima de tudo e a qualquer preço...

Contudo, uma coisa e certa. Quer por conta de embargos do Ministério Publico, ou da AGU, ou TCU, a verdade 'e que a justiça colocou todo material rodante abandonado numa vala comum: quer sejam locomotivas, carros de passageiros, vagões de carga, quer estejam em boas condições acidentados, enferrujados. Acham que tudo pode ter valor histórico, e por isso não dão, não vendem e nem emprestam. Deixam estragar.

Concluindo, há vários culpados, não só a ALL.

At//

Edição do dia 17/01/2014


17/01/2014 10h33 - Atualizado em 17/01/2014 10h33 Mendigos e usuários de drogas se abrigam em vagões abandonados

Em várias cidades, vagões de trem estão abandonados há mais de 20 anos.

Equipamentos corroídos pelo tempo colocam em risco saúde de moradores.




Em várias cidades do país, vagões de trem estão abandonados há mais de 20 anos. São toneladas de sucata que ninguém recolhe.

Mais de 80 vagões abandonados há quase 20 anos. Uma área em Santos Dumont, no interior de Minas Gerais, se transformou em um cemitério de trens. Lá era feita a manutenção das máquinas da antiga Rede Ferroviária Federal, extinta no fim da década de 90, quando a malha foi privatizada.

O tempo também parece ter parado em antigas estações de várias cidades do interior de São Paulo. Em Araçatuba, dezenas de vagões estão se deteriorando. Em Bebedouro, 51 vagões parados desde 2001 servem de abrigo para mendigos e usuários de droga.

Só em um trecho de pouco mais de 500 metros, em São José do Rio Preto, a equipe do Bom Dia Brasil contou 30 vagões abandonados. Também há muitas peças já enferrujadas espalhadas pelo local. É praticamente um depósito de ferro velho.

Uma vizinhança nada bem-vinda para quem mora perto e que coloca em risco a saúde de todos. O acúmulo de água é um risco para a cidade que, em 2013, teve mais de 18 mil casos de dengue.

Em um condomínio que tem vista para o cemitério de vagões, vivem quase duas mil pessoas. “É bem perigoso, a gente fica preocupado com a saúde das crianças, porque elas querem brincar, querem correr. Tem bichos, tem escorpião, tem dengue”, afirma a dona de casa Tatiane Comar.

No município de Tanabi, os trens corroídos pelo tempo atraem até cobras. Dona Dircelina Sanga foi picada dentro de casa. “Era a jararaca-do-rabo-branco. Quase perdi o pé”, afirma a dona de casa.

A Secretaria de Saúde diz que entrou em contato com a ALL, concessionária que administra a linha férrea em São Paulo, e até hoje nenhuma providência foi tomada.

“Já foi enviado para a ALL mais de 12 e-mails de reclamação, pedindo a retirada. Toda a vez eles respondem dizendo que vão retirar, que precisam de 30 dias, de 40 dias. A gente dá os prazo, só que até hoje não tira”, afirma Fernando Cardoso Casarin, representante da Secretaria de Saúde.

A ALL disse que segue um cronograma para a retirada dos vagões e toma medidas para prevenir a dengue. O Ibama disse que já notificou e multou a concessionária diversas vezes.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Apartidarismo

    Levantamento realizado pela Rede de Informações Eleitorais (http://aceproject.org) – integrada por Estados Unidos, Canadá e México e pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) – revela que o Brasil alinha-se, ao lado de África do Sul, Argentina e Suécia (veja o quadro), entre outros, no grupo de 9,68% dos países do mundo que não adotam nenhum tipo de candidatura avulsa em seus pleitos.
    Quatro em cada 10 nações permitem que pessoas sem filiação partidária disputem pelo menos cadeiras legislativas em nível local ou nacional, casos da Alemanha, Japão, Itália e Reino Unido. Em 37,79% dos países, as candidaturas avulsas valem até mesmo para presidente da República, como nos EUA, França, Chile, Irã e a superpopulosa democracia da Índia.
    – Poucos países necessitam tanto da participação política, por um lado, e, por outro, a cercam de tantas restrições legais e burocráticas como o Brasil. A Itália, como é sabido, admite a candidatura avulsa mediante a chamada “lista cívica”. Nos EUA, casos há em que “candidatos independentes” chegam a pleitear a Presidência. Essa flexibilidade ajuda a que os sistemas políticos contemplem uma maior abertura à participação da sociedade – argumenta o senador Paulo Paim.
    Para o autor da PEC, no sistema atual, se movimentos sociais fortes e numerosos como o feminista, o negro, o dos trabalhadores sem-terra, o dos aposentados, o dos indígenas ou o dos homossexuais quiserem lançar um candidato, só poderão fazê-lo se a liderança se filiar a um partido político e, como consequência, se submeter “à regra do jogo, sua correlação de forças interna, suas dificuldades e suas limitações”.
    O consultor legislativo do Senado, Caetano Araújo, lembra, porém, que as propostas de reforma política hoje em discussão no Congresso Nacional têm como característica comum o fortalecimento das siglas partidárias por meio de instrumentos como a fidelidade partidária, o financiamento público e as listas fechadas de candidatos.
    – Passaríamos a uma situação oposta à que prevalece hoje: o poder deixaria os mandatários e concentrar-se-ia na estrutura partidária. Nesse caso, teríamos direções partidárias, máquinas, burocracias extremamente poderosas, com controle sobre os recursos financeiros destinados à campanha e com a capacidade de definir a ordem dos eleitos – teme o sociólogo.
    Sylvio Guedes / Jornal do Senado

Foro de São Paulo impõe a Dilma que Petrobras, em queda na Bolsa, contrate 35 engenheiros venezuelanos

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Balaio de gato da esquerda com narcoterroristas na América Latina, o Foro de São Paulo dará sua contribuição para alimentar a crise na Petrobrás – cujas ações despencam na Bolsa. Por ordem do FSP, a “estatal” brasileira deve contratar 35 engenheiros venezuelanos. Tratado em sigilo no Palácio do Planalto pela turma de Marco Aurélio Garcia com a Presidenta Dilma Rousseff, o assunto vazou ontem entre investidores da Petrobras. E suspeita-se que os "venezuelanos", na verdade, sejam "cubanos"...
Curiosamente, a contratação de engenheiros venezuelanos é cogitada no momento em que a Petrobras coloca na pauta de sua Assembleia Geral Extraordinária, no próximo dia 16, a detonação de uma fracassada parceria com a Venezuela. A AGE da empresa vai aprovar a incorporação da Refinaria Abreu e Lima S.A (RNEST) pela Petrobras, com a sua consequente extinção, sem aumento do capital social da “estatal de economia mista”. A refinaria pernambucana foi um projeto alardeado pelo ex-presidente Lula da Silva, em sociedade com a PDVSA do falecido Hugo Chávez, que nunca colocou um centavo no negócio fracassado.
Ainda não se sabe a posição pública da engenheira Maria das Graças Foster, presidente da Petrobrás, sobre a polêmica intenção de importar profissionais venezuelanos egressos da PDVSA, a estatal de petróleo da Venezuela. O objetivo do Foro de São Paulo é ter membros de sua confiança em postos estratégicos do governo brasileiro. O escancarado aparelhamento da máquina estatal é uma velha tática Capimunista. Trata-se de um movimento parecido com recente contratação de médicos cubanos. Só vai soar estranho usar o falso argumento de que “os estrangeiros vão atuar em áreas que os engenheiros daqui preferem não trabalhar”
A proposta de importar engenheiros venezuelanos, certamente, vai gerar protestos da corporativa Associação de Engenheiros da Petrobras (AEPET), cujo presidente, engenheiro Silvio Sinedino, ocupa uma vaga de representante dos empregados no Conselho de Administração da empresa. Quem também deve protestar pesado contra a contratação de engenheiros venezuelanos é José Tadeu da Silva, presidente do Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura (CONFEA).
Fora a dispensável especulação sobre a contratação de engenheiros venezuelanos, vazada por investidores insatisfeitos, a Petrobras volta a ter problemas concretos em seus papeis. O mercado ficou frustrado com a reunião de sexta-feira passada do Conselhão da empresa, presidido pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. Além de não ter sido confirmado o tão decantado sistema de ajuste de preços de combustíveis, a alta do diesel e da gasolina foi considerada baixa demais. Por isso as ações da empresa tiveram ontem uma desvalorização tão alta, atingindo as menores cotações desde 4 de setembro. As PN caíram 9,2%, para R$ 17,36, e as ON recuaram 10,37%, para R$ 16,42.
É neste clima de insatisfação do mercado que o Palácio do Planalto e a direção da Petrobrás podem esperar surpresas desagradáveis na AGE de 16 de dezembro, às 15 horas, no Rio de Janeiro. Investidores ameaçam entrar com processos judiciais contra diretores da empresa e membros de seu conselho de administração, responsabilizando-os por prejuízos. Os três alvos de reclamação são: a refinaria Abreu e Lima, a refinaria de Passadena (uma aquisição classificada de lesiva por superfaturamento no preço), e a cisão parcial da Petrobras International Finance Company S.A – a PFICO.
A AGE também precisará ratificar a incorporação da Companhia de Recuperação Secundária (CRSec) na Petrobras, também sem aumento do capital social da “estatal”. A CRSec cuidava da locação de bens à Petrobras, destinados aos campos de Pargo, Congro, Garoupa, Cherne e Carapeba, localizados na Bacia de Campos. Investidores também pretendem questionar problemas de gestão na CRSec.
Base legal para entrar na Justiça não falta aos investidores que se sentem lesados. Conforme o Art. 23 do Estatuto Social da Petrobras, os membros do Conselho de Administração e da Diretoria Executiva responderão, nos termos do art. 158, da Lei nº 6.404, de 1976, individual e solidariamente, pelos atos que praticarem e pelos prejuízos que deles decorram para a Companhia.

Em seu Art. 28, o Estatuto estipula que ao Conselho de Administração compete: fiscalizar a gestão dos Diretores; avaliar resultados de desempenho; aprovar a transferência da titularidade de ativos da Companhia, inclusive contratos de concessão e autorizações para refino de petróleo, processamento de gás natural, transporte, importação e exportação de petróleo, seus derivados e gás natural. E, em seu Art. 29, o Estatuto determina: compete “privativamente” ao Conselho de Administração deliberar sobre as participações em sociedades controladas ou coligadas.
É alto o risco que investidores questionem quais são os reais motivos para a Petrobras mexer na RNEST, CRSec e, principalmente, na PFICO. Os questionamentos podem lançar mais dúvidas sobre a qualidade da Governança Corporativa da empresa na gestão do ex-presidente José Sérgio Gabrielli – afilhado do Presidentro Luiz Inácio Lula da Silva – que agora enfrenta dificuldades para que o PT o indique para disputar o Governo do Estado da Bahia, na sucessão a Jaques Wagner.
É por isso que o tempo fica cada vez mais fechado para o lado da Petrobras – empresa que, claramente, sofre influência direta de seu acionista majoritário (a União, que aqui no Brasil se confunde com quem aparelha a máquina do governo).
Prisão preocupante
A classe política entrou em polvorosa ontem com a prisão de Jeane Mary Corner.
Ela agora é acusada de ser das mais famosas agenciadoras de garotas de programa da capital federal.
Como os deputados, senadores e grandes burocratas federais figuram entre seus principais clientes... 
Prisão Especialíssima

Disputadíssimo

Brincadeira, procurador?

Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.
O Alerta Total tem a missão de praticar um Jornalismo Independente, analítico e provocador de novos valores humanos, pela análise política e estratégica, com conhecimento criativo, informação fidedigna e verdade objetiva. Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos.


A transcrição ou copia dos textos publicados neste blog é livre. Em nome da ética democrática, solicitamos que a origem e a data original da publicação sejam identificadas. Nada custa um aviso sobre a livre publicação, para nosso simples conhecimento.

© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 3 de Dezembro de 2013.

Ferrovias em perigo

A divisão técnica especializada de transportes e logística do Clube de Engenharia traz um alerta para o risco que correm as ferrovias, um patrimônio público em perigo. No dia 15 de janeiro, às 16h, no 22º andar do Clube de Engenharia, especialistas e representantes das entidades de classe da engenharia irão debater a recente resolução da Agência Nacional de Transportes (ANTT) que autorizou a desativação e devolução ao Poder Público de trechos ferroviários que uma concessionária explora em todo o país. A resolução abrange tanto trechos considerados “antieconômicos” quanto aqueles que são economicamente viáveis. Entre os pontos levantados pelos especialistas está o estado dos trechos devolvidos, sucateados e depredados, a destinação das indenizações e a situação dos ferroviários. Participarão da mesa redonda Agostinho Guerreiro, presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ); Regina de Jesus Ramos Andrade, vice-presidente da Sociedade dos Engenheiros e Arquitetos do Estado do Rio de Janeiro (SEAERJ); Olímpio Alves dos Santos, presidente do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro (SENGE-RJ); Luiz Euler Carvalho de Mello, presidente da Associação de Engenheiros Ferroviários (AENFER); Almir Ferreira Gaspar, presidente da Associação dos Engenheiros da Estrada de Ferro Leopoldina (AEEFL); José Cássio Ignara, engenheiro de Planejamento de Transporte; Antônio Pastori, economista; e Jorge Luiz Macedo, presidente da ANTT. O evento é uma promoção da divisão técnica de Transporte e Logística (DTRL), e realização do Fórum de Mobilidade Urbana do Rio de Janeiro.
Devido as grandes dimensões territoriais do Brasil, o País deveria estar servido por uma extensa malha ferroviária que cobrisse, principalmente, a faixa litorânea de 300 a 400 km  no sentido Norte-Sul, pois 85% da população brasileira -  e do PIB - estão nessa faixa. Se essa malha existisse e funcionasse de forma eficiente transportando não somente carga geral, mas também passageiros, haveria uma economia significativa vidas e de redução de prejuízos derivados dos acidentes rodoviários, estimados em R$ 40 bilhões/ano.

Por outro lado, o governo federal lançou em 2012 o novo Programa de Investimentos em Logística, PIL que prevê a adição de doze novos trechos ferroviários, totalizando 11.500 km para atender somente ao transporte de carga (minério de ferro, aço, soja, milho, cimento, etc.) e nada de passageiros! 

Passageiros e carga geral (alimentos, eletrodomésticos,veículos, produtos químicos, combustível, etc.) continuarão seguindo de Norte a Sul por rodovias assassinas, disputando espaços com os automóveis e aumentando os custos dos produtos, ficando presos em incontáveis congestionamentos, etc...

Como se não bastasse, o governo, através da sua Agência Nacional de Transportes Terrestres-ANTT, baixou a resolução 4131/2013 que vai erradicar milhares de km de linhas consideradas antieconômicas para o transporte de cargas. Isto posto, pergunta-se: 

- Quem sabe se essas linhas antieconômicas poderiam tornar-se economicamente viáveis para o transporte de passageiros ? 

- Por que as novas ferrovias do PIL não vão transportar passageiros?

Para saber mais sobre essa Resolução e debater com especialistas, veja o convite anexado.