As fotos abaixo para olhos não acostumados com as ferrovias quer dizer nada ou muito pouco, mas para quem acompanha a história dos trilhos no Brasil elas marcam uma era.
Na primeira foto, ontem, vemos um vagão gaiola da RFFSA, provavelmente construído ainda naépoca da tração a vapor, quando se tranportavam animais pelas ferrovias e ainda em serviço com sua pintura vermelho-óxido da RFFSA que dominou as pátios durante quase 50 anos.
A sua esquerda o guindaste BURRO e uma plataforma quase tão antigos ou tão antigos quanto, mas já marcados com a identidade da sua operadora da era de privatização, ao fundo com a pintura já desgastada vagões comprados já na época da empresa privada, tantos anos depois.
Na segunda foto, hoje, a mesma prancha e vagão, trilhos sendo trocados, mas ao fundo os novíssimos vagões da RUMO comprados já visando as operados independentes, o futuro...
E assim SEMPRE segue a ferrovia e o Brasil se contruindo e destruindo ao mesmo tempo, as mesmas ferrovias abertas no império foram feitas politicamente e a baixo custo de tal forma a se tornaram anti-econômicas e acabaram por isso. A mesma RFFSA que dieselinizou as ferrovias, criou os projetos de transporte de granéis, uniu malhas, construiu sistemas metropolitanos, desativou praticamente metade da quilometragem das estradas de ferro no Brasil, e acabou com os trens de passageiros e com a diversidade da carga tranportada. E agora as operadoras privadas que renovam seus equipamentos e recuperam parte do que foi perdido pelha velha RFFSA mas continuam a eliminar linhas e rejeitam de toda forma qualquer iniciativa para transporte de passageiros além de manter muitos dos vícios da RFFSA.
Mas sempre há algo que sobrevive a estes ciclos, tal como estes vagões a Central do Brasil, ou a linha entre Curitiba e Paranaguá. E que estes vagões estejam no sempre!
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