domingo, 28 de outubro de 2012

Trem-garrafa, passageiro sardinha em lata


O metrô do rio opera com sistema de blocos fechados onde um trem independente de seu tamanho ou velocidade ocupa um segmento da via.

O espaço mínimo de tempo entre um trem e outro quando em velocidade comercial normal é de 3 minutos na linha 1. Quando se coloca um trem de propaganda entre dois trens normais se fecha um bloco de circulação, o que faz com que entre um trem normal e outro haja um intervalo de 2 vezes a diferença entre o trem anterior

e o trem de propaganda. Ou seja 6 minutos, o intervalo normal na linha 1 é de 4 minutos (com superlotação) quando se aumenta em 50% esse espaço olha o tamanho do caos criado!

Tudo isso para o metrô receber mais em propaganda, gastando um recurso precioso como um trem no horário de pico e ajudando a tornar a vida do passageiro ainda pior.

A questão não é impedir o lucro do metrô, e sim mostrar o tamanho da inversão de valores. o metrõ é uma transportadora de passageiros, ele presta um serviço ao consumidor levando ele do ponto A ao B, e quanto maior for a satisfação do usuário melhor maior o sucesso do negócio, essa pelo ao menos é a teoria do capitalismo.

No entanto no RJ o que acontece é que se permite a existência de uma demanda reprimida, que faz com que os operadores de transporte sejam donos de monopólios e hajam como se não tivessem a obrigação de ´restar o serviço pelo qual o consumidor pagou.

O negócio do metrô deixa então de ser prestar serviços de transporte, a função principal da empresa passa a ser apenas garantir a ocupação daquele espaço e obter rendimentos de uma população refém que é obrigada a aceitar o mal serviço.

Fui longe? O que a garrafa tem a ver com isso? Bom o pateta que elaborou a propaganda se orgulha dela e me mandou uns emails desaforados porque eu não gostei da propaganda.

A lógica do pensamento se inverteu o propagandista ao invés de tentar me conquidstar para o produto agora se acha no direito de me atacar e me ofender, sem dúvida é um caminho perigoso que nos leva em direção a subserviência e a ditadura.

E o metrô? Vocês não acham sintomático que a empresa faça esse esforço para colocar uma garrafa móvel na linha e ache normal deixar os passageiros se amontoarem nas plataformas, não é sintomático que a prioridade de uma empresa ferroviária seja vender refrigerante ao invés de lucrar transportando?


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