Indo a Dom Silvério-MG se vê que as obras foram iniciadas, porém jamais se concretizou a ligação entre EFL e EFVM. O que foi construído está abandonado. Em termos de linha da Leopoldina, não houve intervenções visíveis e afirmar que apenas 72 Km salvariam a EFL era puro engodo.
Sempre ouvimos comentários que a CENTRAL não deixou a Leopoldina chegar em Nova Era, só em 1971 a central entregou para a |leopoldina o Ramal Miguel Burnier - Ponte Nova, para o transporte de minério de Mariana-MG para o porto do Rio de Janeiro-RJ.
É impressionante com o a Administração Geral da RFFSA deixava que as regionais se matassem ao invés de trabalharrem integradas, a EFL perdeu força entre outras coisas por não conseguir receber carga da SR3 e do Centro Oeste para entregar no RJ, ou até mesmo para complementar a EFVM, antes que as obras de expansão ficassem prontas. Um mínimo de integração entre as áreas da RFFSA permitiria economizar milhões nas obras da FA e da EFVM, que poderiam ser tocadas mais lentamente de forma escalonada. Como podemos ver hoje pelos projetos de reativação da malha da leopoldina para acesso ao porto do Açu sempre houve ali uma demanda reprimida, a EFL transportou minério de ferro até o final dos anos 80, quando a EFVM conseguiu finalmente levar locomotivas de grande porte até Belo Horizonte e a SR3 conseguisse iniciar a operação da ferrovia do Aço.
A demanda reprimida de escoamento da produção de minério gerou situações como a acima, e EFL perdeu a chance de complementar a Central e a EFVM
Se além da ligação com a EFVM as linhas da leopoldina tivessem sido mantidas com um melhor estado de conservação, haveria condições de buscar outras cargas para substituir o minério perdido por exemplo o trigo para Belo Horizonte e região vinha pela Leopoldina até 1982, quando a EFVM modificou os vagões HFD e tomou o transporte da Leopoldina, sendo o trigo desembarcado no porto de Vitória - ES e não no Rio de Janeiro como antigamente.
Além dos tais 72 Km em Dom Silvério - MG diversas obras poderiam ter sido feitoas para aumentar a eficiência da EFL e impedir sua morte.
O ramal Cantagalo-Mello Barreto, atalho na descida da serra ligando Macaé a Minas Gerais praticamente em linha reta, traria boa receita a Leopoldina, jamais saiu do papel.
A oficina de Praia Formosa no centro do Rio de Janeiro, inaugurada em 1967 era a mais moderna da América Latina e cuidaria de todas as locos Diesel num parque aproximado de 200Km e as automotrizes da linha Rio-Campos dos Goytacazes. Nunca foi demandada no máximo de sua capacidade, e acabou sendo fechada após a privatização da malha sendo demolida este ano.
A linha auxiliar da central poderia ter sido retificada em seu trecho crítico, entre Conrado e Paty do Alferes-RJ (no mapa da reportagem entre Três Rios e Japerí) permitido trens com maior tonelagem na descida da serra e evitando a sub-utilização da ligação São Bento-Ambaí e seu posterior abandono.
Do mesmo modo que o ramal de Bicas-MG (no mapa da reportagem entre Ubá e Três Rios) poderia não ter sido fechado, encutando o caminho até o porto do rio e a Linha entre Cataguases-Além Paraíba ter sido alargada para levar a bauxita até São Paulo sem o transbordo em Três Rios, os produtos siderúrgicos do Vale do Aço, tem até hoje, o seu mercado consumidor em São Paulo e não o Rio de Janeiro, um progressivo alargamento ao invés da desativação das linhas da EFL na zona da mata mineira ligariam o Vale do Aço na EFVM a São Paulo através da captação da carga na leopoldina e entrga na central.
Na décadde 80, foi praticamente essa a malha restante da EFL que foi privatizatizada. É uma estrutura que ainda pode ser trabalhada para operar com certa eficiência porém a um custo mito maior do que nas décadas passadas devido a degradação da infra estrutura.
Hoje se discute se o porto do Açu será viável ou não devido a dificuldade de se reativar asligações ferroviárias na região norte-fluminesnse, justamente as ligações da leopoldina que foram sucumbindo com o tempo e falta de investimentos mínimos que permitiriam grande retorno. Custou caro abandonar a velha leopoldina.
Agradecimentos
www.vfco.com.br,
Paulo Roberto Cerezzo,
Jorge A. Ferreira Jr.
A falta desse ramal custou caro não só para a efl mas para todas as ferrovias do sudeste. A efl, mesmo sem esse trecho, foi demandada para minério até o início dos anos 90, com esse ramal teria se mantido ativa devido a demanda até cerca de 2008 pelo menos, considerando que uma parte do minério escoado pela efvm usaria a efl haveria capacidade disponível na efvm para aumentar a captação de grãos e carga geral. Dezenas de terminais e ramais fechados ao longo da malha da fca, principalmente no centro-oeste e triângulo Mineiro, por não ter saída disponível na efvm estariam ativos, e hoje possivelmente o trecho estaria servindo ao porto do Açu e ao porto do Rio recebendo as cargas que não cabem na mrs e na efvm por causa do minério.
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