Em 2000, as passagens de trem já haviam aumentado quase 75% desde a privatização, mas ainda se ofereciam opções como tarifas diferenciadas no horário de pico. este foi o último ano de operação decente da supervia, logo viria o racionamento de energia elétrica , e a concessionária nunca mais seria a mesma.
A estatal espanhola RENFE que cuidava da parte operacional entregou sua participação bancos espanhóis, inicialmente, a RENFE ficaria responsável pela operação do sistema e a CAF responsável pela manutenção dos trens, pouquíssimo tempo depois houve uma mudança no consórcio, com a saída da RENFE a SuperVIA rompeu o contrato com a CAF, o que quase causou o cancelamento do contrato de concessão. Os bancos espanhóis agora tinham certeza que não precisariam seguir as regras do edital da privatização.
Num frágil equilíbrio ano após ano, a supervia foi ladeira abaixo de vez em 2008, com a crise financeira na Europa,os bancos donos da operadora tomaram tudo o que puderam e deram no pé,deixando a carcaça para o Governo do Estado.
O legado, aumento de mais de 500% na tarifa, menos de 1/3 dos passageiros transportados pela CBTU na década de 80, redução quase pela metade da frota de trens, dilapidação de patrimônio público, suspeitas de lavagem de dinheiro e mortos em acidentes.
Com um resultado desses não se pode dizer que a supervia não levou o passageiro a sério, como no slogan do folder. Aqueles que levaram umas chicotadas que o digam.
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