O Jornal Valor Econômico de 28 de Outubro de 2011 publicou um caderno especial sobre
ferrovias. Abaixo, selecionei algumas matérias que julguei serem do
interesse geral.
Como o Valor é um jornal voltado para o empresariado é lógico que não se falará da miserável situação dos trens metropolitanos do estado do RJ e das cenas vergonhosas que temos que assistir devido a promessas não cumpridas.
Programas estaduais e municipais ganham ritmo
Um
veículo movido a ar inédito no país e desejado pelos gaúchos desde a
década de 80, uma simples estação de metrô para integrar uma comunidade
pernambucana ao sistema de trens e ônibus e ainda veículos leves sobre
trilhos (VLT) para desafogar o trânsito de grandes centros são alguns
dos primeiros projetos estaduais e municipais de mobilidade urbana sobre
trilhos que começam a virar realidade.
Os projetos de Pernambuco estão entre os mais adiantados e algumas obras deverão estar concluídas e entregues à população em fevereiro de 2012. É o caso da estação Cosme e Damião, no município de Camaragibe, região metropolitana do Recife.
Orçadas em R$ 7 milhões, as obras da nova estação estão 70% concluídas, segundo Fabrício Gaudêncio, coordenador Operacional de Implantação da CBTU-Metrorec. Antiga reivindicação da comunidade de Cosme e Damião, essa será a primeira obra de mobilidade urbana pernambucana voltada para a Copa do Mundo a ser concluída.
Em Porto Alegre, a novidade é a implantação do Aeromovel, meio de transporte automatizado, inédito no Brasil, em via elevada, que utiliza veículos leves. Sua propulsão é pneumática - o ar é soprado por ventiladores industriais. O novo sistema ligará a Estação Aeroporto ao Terminal 1 do Aeroporto Salgado Filho. O trajeto será feito em apenas 90 segundos. O sistema facilitará o acesso dos turistas da Copa de 2014 ao centro de Porto Alegre. Orçada em R$ 29,9 milhões deverá estar concluída no segundo trimestre de 2012.
Apesar do anúncio de investimentos de R$ 30 bilhões em obras para metrô e corredores de ônibus feito pela presidente Dilma Rousseff, muitas obras ainda estão em fase de elaboração. É o caso do VLT de Cuiabá, orçado em R$ 1,1 bilhão. A expectativa, no entanto, é concluir o projeto ainda este mês, iniciar as obras em maio de 2012 e inaugurar o novo sistema de transporte em dezembro de 2013.
Alagoas vai apresentar em novembro o projeto do trem metropolitano para possível inclusão no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Mobilidade Grandes Cidades. Em Maceió a Companhia Brasileira de Trens Urbanos está remodelando seu sistema. Trata-se de um investimento de R$ 235 milhões para a aquisição de 8 unidades de VLT e a reconstrução de duas estações destruídas pelas chuvas.
Os projetos de Pernambuco estão entre os mais adiantados e algumas obras deverão estar concluídas e entregues à população em fevereiro de 2012. É o caso da estação Cosme e Damião, no município de Camaragibe, região metropolitana do Recife.
Orçadas em R$ 7 milhões, as obras da nova estação estão 70% concluídas, segundo Fabrício Gaudêncio, coordenador Operacional de Implantação da CBTU-Metrorec. Antiga reivindicação da comunidade de Cosme e Damião, essa será a primeira obra de mobilidade urbana pernambucana voltada para a Copa do Mundo a ser concluída.
Em Porto Alegre, a novidade é a implantação do Aeromovel, meio de transporte automatizado, inédito no Brasil, em via elevada, que utiliza veículos leves. Sua propulsão é pneumática - o ar é soprado por ventiladores industriais. O novo sistema ligará a Estação Aeroporto ao Terminal 1 do Aeroporto Salgado Filho. O trajeto será feito em apenas 90 segundos. O sistema facilitará o acesso dos turistas da Copa de 2014 ao centro de Porto Alegre. Orçada em R$ 29,9 milhões deverá estar concluída no segundo trimestre de 2012.
Apesar do anúncio de investimentos de R$ 30 bilhões em obras para metrô e corredores de ônibus feito pela presidente Dilma Rousseff, muitas obras ainda estão em fase de elaboração. É o caso do VLT de Cuiabá, orçado em R$ 1,1 bilhão. A expectativa, no entanto, é concluir o projeto ainda este mês, iniciar as obras em maio de 2012 e inaugurar o novo sistema de transporte em dezembro de 2013.
Alagoas vai apresentar em novembro o projeto do trem metropolitano para possível inclusão no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Mobilidade Grandes Cidades. Em Maceió a Companhia Brasileira de Trens Urbanos está remodelando seu sistema. Trata-se de um investimento de R$ 235 milhões para a aquisição de 8 unidades de VLT e a reconstrução de duas estações destruídas pelas chuvas.
Novas rotas mudam a dinâmica do Rio
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Enquanto o setor de cargas do Rio de Janeiro aguarda a
definição de investimentos para viabilizar importantes projetos, o
segmento de mobilidade urbana é impulsionado por obras na capital que
visam a realização da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos de 2016. A
principal é a expansão do metrô até a Barra da Tijuca, com custo
previsto de R$ 7,2 bilhões, para atender demanda diária de 240 mil
passageiros. "A ligação de metrô com a zona sul dará outra dinâmica à
Barra e à cidade do Rio", ressalta o secretário de Desenvolvimento do
Estado do Rio, Júlio Bueno.
Outro projeto importante é a construção da Linha 3 do metrô, ligando São Gonçalo e Niterói e integrado às barcas para o Rio, que movimentaria 350 mil passageiros por dia. O custo da obra e dos trens chegaria a R$ 2,5 bilhões. "Seria fundamental para suprir a demanda de passageiros gerada pela construção do Comperj, polo da Petrobras em Itaboraí", diz Bueno.
Para Fernando MacDowell, livre docente em engenharia na Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ e especialista em transporte público, os investimentos estão mal direcionados. "Optaram por traçado linear para a ligação com a Barra, partindo de Ipanema, em vez de construir a Linha 4, integrada à principal, saindo de Botafogo", explica. "Com isso, se houver problema na linha, a cidade para." Novos trens comprados na China entram em operação em março.
Há novidades também para a rede ferroviária que atende o subúrbio e a Baixada Fluminense, que terá investimentos de R$ 2,4 bilhões do governo estadual e da concessionária Supervia para a compra de 90 trens com ar condicionado. "A primeira composição começa a rodar em dezembro", diz a gerente de marketing da Supervia, Débora Raffaeli. "E, em 2013, com a instalação do sistema de sinalização da Bombardier, vamos aumentar a eficiência da malha."
No setor de transporte de cargas, está em fase de avaliação a ligação do Porto do Açu, projeto da LLX no Norte Fluminense, à Ferrovia Centro-Atlântica, controlada pela Vale, e à malha da MRS Logística, cujo controle é do consórcio formado pela Companhia Siderúrgica Nacional - CSN, a Usiminas e a própria Vale . Para a LLX, seria preciso ainda construir ramal de 40 km do Porto, em São João da Barra, a Campos, e reativar o corredor ferroviário litorâneo.
Vale e LLX assinaram memorando de entendimento para estudar a viabilidade do projeto. A ligação integraria o Complexo Industrial do Porto do Açu - cuja construção exigiria investimento de R$ 70 bilhões -, à malha ferroviária nacional, ligando o complexo industrial-portuário a São Paulo, Minas Gerais e outras regiões do país. "Isso permitiria a integração com o Pólo de Itaguaí", observa Bueno.
Segundo o coordenador do Centro de Estudos de Logística do Coppead, o instituto de pós-graduação e pesquisa em Administração da UFRJ, Peter Wanke, o projeto de conexão ferroviária do Porto do Açu faz sentido, pois consolidaria a área de influência do porto, estendendo-a para outras regiões.
Outro projeto importante é a construção da Linha 3 do metrô, ligando São Gonçalo e Niterói e integrado às barcas para o Rio, que movimentaria 350 mil passageiros por dia. O custo da obra e dos trens chegaria a R$ 2,5 bilhões. "Seria fundamental para suprir a demanda de passageiros gerada pela construção do Comperj, polo da Petrobras em Itaboraí", diz Bueno.
Para Fernando MacDowell, livre docente em engenharia na Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ e especialista em transporte público, os investimentos estão mal direcionados. "Optaram por traçado linear para a ligação com a Barra, partindo de Ipanema, em vez de construir a Linha 4, integrada à principal, saindo de Botafogo", explica. "Com isso, se houver problema na linha, a cidade para." Novos trens comprados na China entram em operação em março.
Há novidades também para a rede ferroviária que atende o subúrbio e a Baixada Fluminense, que terá investimentos de R$ 2,4 bilhões do governo estadual e da concessionária Supervia para a compra de 90 trens com ar condicionado. "A primeira composição começa a rodar em dezembro", diz a gerente de marketing da Supervia, Débora Raffaeli. "E, em 2013, com a instalação do sistema de sinalização da Bombardier, vamos aumentar a eficiência da malha."
No setor de transporte de cargas, está em fase de avaliação a ligação do Porto do Açu, projeto da LLX no Norte Fluminense, à Ferrovia Centro-Atlântica, controlada pela Vale, e à malha da MRS Logística, cujo controle é do consórcio formado pela Companhia Siderúrgica Nacional - CSN, a Usiminas e a própria Vale . Para a LLX, seria preciso ainda construir ramal de 40 km do Porto, em São João da Barra, a Campos, e reativar o corredor ferroviário litorâneo.
Vale e LLX assinaram memorando de entendimento para estudar a viabilidade do projeto. A ligação integraria o Complexo Industrial do Porto do Açu - cuja construção exigiria investimento de R$ 70 bilhões -, à malha ferroviária nacional, ligando o complexo industrial-portuário a São Paulo, Minas Gerais e outras regiões do país. "Isso permitiria a integração com o Pólo de Itaguaí", observa Bueno.
Segundo o coordenador do Centro de Estudos de Logística do Coppead, o instituto de pós-graduação e pesquisa em Administração da UFRJ, Peter Wanke, o projeto de conexão ferroviária do Porto do Açu faz sentido, pois consolidaria a área de influência do porto, estendendo-a para outras regiões.
São Paulo busca resposta para os congestionamentos
Por Vladimir Goitia
No ano passado, São Paulo perdeu a liderança no ranking anual
elaborado pela AméricaEconomía Intelligence como a melhor cidade da
América Latina para se fazer negócios. Motivos: os congestionamentos
gigantescos e a dificuldade de deslocamento das pessoas. Agora, São
Paulo tem em mãos o maior projeto metroferroviário de sua história.
As estimativas para os investimento em transporte de massa sobre trilhos entre 2012 e 2015, feitas pelo governo do Estado, chegam a R$ 45 bilhões. Desse montante, R$ 30 bilhões deverão vir dos cofres públicos estaduais e o restante, do setor privado, por meio das Parcerias Público Privadas (PPPs).
O destino desses recursos já está delineado, segundo o secretário de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes. Projetos e obras da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) devem absorver R$ 29,2 bilhões. Outros R$ 9,4 bilhões estão destinados para a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). A Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU/SP) vai receber R$ 870 milhões e a Secretaria de Transportes Metropolitanos, R$ 4,9 bilhões.
Os planos de expansão do transporte sobre trilhos no Estado de São Paulo são tão ambiciosos que a meta da administração Alckmin é passar dos atuais 335 km (entre Metrô e CPTM) para 402,7 km em 2014. O acréscimo de 67,7 km equivale a uma viagem entre São Paulo e Santos.
Em termos de número de estações à disposição do público, o plano é crescer proporcionalmente ao aumento da rede metroferroviária, de 153 para 186 no mesmo período. O Metrô paulista tem 64 estações em 74,3 km de trilhos que se prolongam por cinco linhas. Em 2014, poderá chegar a 87 estações em 101,3 quilômetros de extensão. Com isso, a estimativa é dobrar o número de usuários, hoje calculado em 3,7 milhões nos dias úteis.
A CPTM também tem planos ambiciosos de expansão. No momento, de acordo com o gerente de projetos de transporte, Silvestre Eduardo Rocha Ribeiro, a companhia está recapacitando a infraestrutura de suas seis linhas, com a implantação de novos sistemas de sinalização, telecomunicações, energia, rede aérea e via permanente. Os atuais 260,7 km de redes em operação chegarão a 301,4 km em 2014. O número de estações em atividade passará de 89 para 97 na Região Metropolitana de São Paulo.
Além disso, a CPTM programa duas novas linhas. A 13-Jade ligará Guarulhos à rede da CPTM e do Metrô. São aproximadamente 11 km de extensão. O investimento para a implantação da obra, incluindo a infraestrutura de operação e trens, está estimado em cerca de R$ 1,2 bilhão. "Até o final de outubro será publicado o edital do projeto básico e executivo", disse Ribeiro. A obra deverá estar concluída até o final de 2014.
Já o Expresso ABC terá 25,2 km e seis paradas. Ela vai trafegar paralelamente à Linha 10 da CPTM, diminuindo em 35% o tempo de viagem entre as estações Luz e Mauá. De acordo com o governo, o fluxo de pessoas no ramal deverá passar de 260 mil para 600 mil por dia. O investimento será de R$ 1,2 bilhão.
As estimativas para os investimento em transporte de massa sobre trilhos entre 2012 e 2015, feitas pelo governo do Estado, chegam a R$ 45 bilhões. Desse montante, R$ 30 bilhões deverão vir dos cofres públicos estaduais e o restante, do setor privado, por meio das Parcerias Público Privadas (PPPs).
O destino desses recursos já está delineado, segundo o secretário de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes. Projetos e obras da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) devem absorver R$ 29,2 bilhões. Outros R$ 9,4 bilhões estão destinados para a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). A Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU/SP) vai receber R$ 870 milhões e a Secretaria de Transportes Metropolitanos, R$ 4,9 bilhões.
Os planos de expansão do transporte sobre trilhos no Estado de São Paulo são tão ambiciosos que a meta da administração Alckmin é passar dos atuais 335 km (entre Metrô e CPTM) para 402,7 km em 2014. O acréscimo de 67,7 km equivale a uma viagem entre São Paulo e Santos.
Em termos de número de estações à disposição do público, o plano é crescer proporcionalmente ao aumento da rede metroferroviária, de 153 para 186 no mesmo período. O Metrô paulista tem 64 estações em 74,3 km de trilhos que se prolongam por cinco linhas. Em 2014, poderá chegar a 87 estações em 101,3 quilômetros de extensão. Com isso, a estimativa é dobrar o número de usuários, hoje calculado em 3,7 milhões nos dias úteis.
A CPTM também tem planos ambiciosos de expansão. No momento, de acordo com o gerente de projetos de transporte, Silvestre Eduardo Rocha Ribeiro, a companhia está recapacitando a infraestrutura de suas seis linhas, com a implantação de novos sistemas de sinalização, telecomunicações, energia, rede aérea e via permanente. Os atuais 260,7 km de redes em operação chegarão a 301,4 km em 2014. O número de estações em atividade passará de 89 para 97 na Região Metropolitana de São Paulo.
Além disso, a CPTM programa duas novas linhas. A 13-Jade ligará Guarulhos à rede da CPTM e do Metrô. São aproximadamente 11 km de extensão. O investimento para a implantação da obra, incluindo a infraestrutura de operação e trens, está estimado em cerca de R$ 1,2 bilhão. "Até o final de outubro será publicado o edital do projeto básico e executivo", disse Ribeiro. A obra deverá estar concluída até o final de 2014.
Já o Expresso ABC terá 25,2 km e seis paradas. Ela vai trafegar paralelamente à Linha 10 da CPTM, diminuindo em 35% o tempo de viagem entre as estações Luz e Mauá. De acordo com o governo, o fluxo de pessoas no ramal deverá passar de 260 mil para 600 mil por dia. O investimento será de R$ 1,2 bilhão.
Companhias tiram novos projetos das pranchetas
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De olho no crescimento da movimentação de carga e na diversificação
dos bens transportados, as concessionárias privadas de ferrovias estão
investindo em novos projetos que deverão aumentar a eficiência da malha
atual. Um dos principais projetos é tocado pela Vale, maior produtora de
minério de ferro do mundo, que procura manter a liderança com foco no
crescimento orgânico das reservas e ampliação de sua rede ferroviária,
para escoar a produção. Nesse contexto, ganha destaque a mina de
Carajás, com 7,2 bilhões de toneladas métricas de reservas provadas e
prováveis.
A Vale trabalha com a meta de aumentar sua capacidade de produção de cerca de 300 milhões de toneladas métricas anuais de minério de ferro para cerca de 500 milhões em 2015. Boa parte virá de Carajás. Para atender à expansão, a mineradora investirá cerca de US$ 2,9 bilhões para ampliar a capacidade do terminal portuário de Ponta da Madeira (MA) e a estrada de ferro de Carajás: 605 km de trilhos da linha férrea serão duplicados e a linha ferroviária será ampliada em 100 km.
A ALL está investindo R$ 750 milhões no projeto de expansão de sua malha norte, com a construção de 260 km de trilhos entre o terminal do Alto Araguaia e a cidade de Rondonópolis (MT). "Com esse investimento, iremos ficar 250 km mais perto dos clientes, e também teremos custos mais competitivos", afirma o diretor-superintendente, Eduardo Pelleissone.
Até o fim do ano, a concessionária deve iniciar as operações do trecho entre Alta Araguaia e Itiquira. "A região de Itiquira não tem logística ferroviária, ou se escoa pela BR-163 ou se vai até o Norte do Paraná. Nesse ponto, poderemos ter de 1 milhão a 1,5 milhão de toneladas de milho e soja", afirma o executivo. O novo polo logístico conectará essa região produtora de Mato Grosso à ferrovia que leva as cargas para exportação até o porto de Santos.
A MRS, que fechou o primeiro semestre com recorde histórico de produção, transportando 72,5 milhões de toneladas, crescimento de 5,5% ante o mesmo período do ano passado, vai investir R$ 1,56 bilhão neste ano, entre outros projetos, com a aquisição de locomotivas, vagões, automatização da operação ferroviária, duplicação de trechos da via e pátios. Carro-chefe da companhia, o segmento de insumos para a indústria siderúrgica - minério, coque e carvão - representou 74,7% do volume transportado de janeiro a junho. Recentemente, a MRS fechou contrato com a Maxion e a Randon para a compra de 218 vagões, que serão utilizados no transporte de produtos siderúrgicos.
A Vale trabalha com a meta de aumentar sua capacidade de produção de cerca de 300 milhões de toneladas métricas anuais de minério de ferro para cerca de 500 milhões em 2015. Boa parte virá de Carajás. Para atender à expansão, a mineradora investirá cerca de US$ 2,9 bilhões para ampliar a capacidade do terminal portuário de Ponta da Madeira (MA) e a estrada de ferro de Carajás: 605 km de trilhos da linha férrea serão duplicados e a linha ferroviária será ampliada em 100 km.
A ALL está investindo R$ 750 milhões no projeto de expansão de sua malha norte, com a construção de 260 km de trilhos entre o terminal do Alto Araguaia e a cidade de Rondonópolis (MT). "Com esse investimento, iremos ficar 250 km mais perto dos clientes, e também teremos custos mais competitivos", afirma o diretor-superintendente, Eduardo Pelleissone.
Até o fim do ano, a concessionária deve iniciar as operações do trecho entre Alta Araguaia e Itiquira. "A região de Itiquira não tem logística ferroviária, ou se escoa pela BR-163 ou se vai até o Norte do Paraná. Nesse ponto, poderemos ter de 1 milhão a 1,5 milhão de toneladas de milho e soja", afirma o executivo. O novo polo logístico conectará essa região produtora de Mato Grosso à ferrovia que leva as cargas para exportação até o porto de Santos.
A MRS, que fechou o primeiro semestre com recorde histórico de produção, transportando 72,5 milhões de toneladas, crescimento de 5,5% ante o mesmo período do ano passado, vai investir R$ 1,56 bilhão neste ano, entre outros projetos, com a aquisição de locomotivas, vagões, automatização da operação ferroviária, duplicação de trechos da via e pátios. Carro-chefe da companhia, o segmento de insumos para a indústria siderúrgica - minério, coque e carvão - representou 74,7% do volume transportado de janeiro a junho. Recentemente, a MRS fechou contrato com a Maxion e a Randon para a compra de 218 vagões, que serão utilizados no transporte de produtos siderúrgicos.
Para o próximo ano, a MRS prevê o
início da operação das novas locomotivas produzidas pela Stadler Rail
para o sistema cremalheira, localizado na Serra do Mar, entre São Paulo e
Santos. A primeira locomotiva está em fase de montagem, e a previsão é
de as duas unidades entrarem em operação no segundo semestre de 2012. As
novas locomotivas apoiarão o crescimento da produção estimado para o
trecho, passando de 500 toneladas para 750 toneladas brutas por viagem. A
capacidade das operações na Serra do Mar, que dão acesso ao Porto de
Santos, chega a 16 milhões de toneladas por ano.
"Com a primeira fase da modernização, a capacidade passará, nos
próximos sete anos, a 24 milhões de toneladas anuais. Além disso, a
expectativa é de ganhos em eficiência e confiabilidade em relação à
manutenção e troca de peças das locomotivas", informa a assessoria de
imprensa da MRS. O investimento nessa etapa do projeto é estimado em R$
130 milhões.
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