quinta-feira, 16 de junho de 2011

Mesma empresa, dois exemplos?

As ferrovias brasileiras quando após a privatização se tornaram uma grande contradição.
Ao mesmo tempo que houve modernização, aumento da efici~encia, maior participação na matriz de transporte. ocorreram também desativação do transporte de passageiros, abandono total de linhas, dilapidação de patrimônio, furto de bens públicos e por aí vai.
A Ferrovia Centro Atlântica FCA, foi a herdeira da maior extensão de linhas oferecidas no processo de privatização, incorporando a SR-2 (Minas Gerais) e SR-7 (Bahia). É uma controlada pela cia Vale do Rio Doce, e degradou tantas linhas da RFFSA que ganhou o apledido de Ficou Como Antes.

Nas duas postagens abaixodo blog do Ralph Giesbrecht, aparentemente vemos ilustrado o motivo do apelido da FCA:

Na primeira vemos uma reabertura da linha de Angra dos Reis, aparentemente bancada pela prefeitura de Angra. Linha esta sempre sub-utilizada pela FCA.
Na segunda o abandono total da Linha Auxiliar da EFCB, da qual restam sob preservação da AFPF 4Km.

Em comum duas linhas com potencial para transporte, desde que feitos investimentos relativamente pequenos na época das concessões. veja o exemplo abaixo:
http://parahdiario.blogspot.com/2010/09/o-futuro-da-ferrovia-de-angra.html

No entanto numa grande cia. não fiscalizada pelo governo, com lucro garantido nas linha tronco, por investimentos feitos anos antes pela RFFSA, para que gastar com esses trechos?

Trens da FCA e da Vale aguardando licença para prosseguir. 
O abandono de linhas feto pela FCA é apenas resultado da prioridade de investimentos da Vale.

Pátio abandonado pela FCA no centro da cidade do Rio de janeiro, junto ao porto.
É claro que há carga para transportar, mas a prioridade não é essa.

Um comentário:

  1. É isso aí, Victor. Concordo com tudo o que você disse. E, só para constar, a primeira fotografia traz o encontro (em Goiandira-GO) da antiga linha da RMV que vinha de Angra dos Reis com a antiga linha da EFG, vinda de Araguari.
    A linha da RMV foi interrompida graças a construção de uma hidrelétrica e hoje só chega até Catalão-GO, uma estação 20km além de Goiandira.

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