teto, pintar, pagar a mão de obra, etc. Depósitos: Itau - Ag.6127 c/c: 05.403-6 - Adail
"O trabalho persistente tudo vence" (Irineu Evangelista de Souza, Barão de Mauá)
Lamentamos comunicar
que foi criminosamente incendiado - vide fotos acima o auto de linha da AFPF, que era operado a duras penas pelo
incansável preservacionista Luiz Octávio & Cia, no trecho de 10 km entre
Miguel Pereira-Governador Portela. Esse pequeno trecho era a última
trincheira de resistência do pouco que restou da Linha Auxiliar da
Central do Brasil, que hoje se encontra totalmente abandonada com
milhares de toneladas de trilhos subtraídos, estações esquecidas, etc.
Esse veículo servia
para tentarmos preservar "viva" essa linha, apesar dos constantes
descasos das autoridades locais e do Distrito Federal.
A centenária E. F.
Melhoramentos foi inaugurada em 29/03/1898 e construída por Paulo de
Frontin. O traçado original de 167 km começava na Estação Alfredo Maia e
ia até Paraíba do Sul. Após passar para a Central do Brasil, seu traçado
ficou restrito ao trecho entre Japeri e Três Rios.
Na década de 1980,
chegou-se a operar um trem turístico entre Miguel Pereira e Conrado,
durando pouco tempo. Com a privatização da RFFSA, a linha foi entregue a
FCA-Ferrovia Centro Atlântico (ligada à CVRD), que logo abandonou o
trecho, considerando-o anti-econômico e, creio que por esse motivo,
julgou-se totalmente desobrigada de mantê-lo em bom estado de
conservação. Ao que consta no domínio público, essa "omissão" contou com
a aquiescência dos "agentes reguladores" que nada fizeram, mesmo sabendo
das constantes denúncias que a AFPF fez sobre o descaso, o roubo de
trilhos e destruição de equipamentos ferroviários ao longo do trecho.
A sensação é de que o
caminho está ficando cada vez mais livre para que sucateiros, posseiros
e vândalos, acabem de vez com o trecho pioneiro. Quando sua voracidade
consumir todos os 167 km de velhos trilhos para onde será que voltarão
seus maçaricos? Talvez para portões de ferro dos monumentos ou bueiros
de metal, estátuas de bronze, velhos canhões, velhas locomotivas
estáticas em praças publicas... Quem sabe?
Pobre de nós; pobre
Luiz Octávio; pobre Paulo de Frontin.
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