terça-feira, 13 de novembro de 2012

Reassentar

No "universo ferroviário", após permitirem a rápida expansão das ferrovias pelo mundo as inovações tecnológicas, nos sistemas de comunicação principalmente, acabaram inutilizando uma série de estruturas necessárias a operação ferroviária, para permitir o cruzamento de trens a cada 5 ou 10 Km havia a necessidade de existir uma estação com um guarda chaves controlando os trens, a adoção da tração diesel jogou na decadência inúmeras estações cuja única função era abastecer de água as locomotivas a vapor. Ninguém precisava ser "traidor do trem", para aplaudir a desativação daqueles milhares de pequenas estações, cuja eliminação tornava os trens mais rápidos e mais competitivos com a rodovia. 
Os defensores da "eficiência da iniciativa privada" também aplaudiram muito, embora tenham a tendência de cobrar que o governo assuma mais uma ineficiência, desperdício etc., assumindo a manutenção, pessoal etc. dessas milhares de estações que perderam a razão de existir.
No Brasil uma outra crueldade foi a abolição do transporte ferroviário de passageiros, as populações que inicialmente se assentaram as margens das ferrovias devido a disponibilidade de um transporte rápido e eficaz, foram abandonadas e excluídas tornando as comunidades que dependiam das ferrovias, cidades mortas.
Reassentar a população carente em torno dessa estrutura pronta, resolveria a princípio vários problemas, seja de perda de demanda de determinadas ferrovias, seja diminuir as pressões existentes no processo de reforma agrária, a única iniciativa tomada nesse sentido foi utilizar as produtivas plantações de eucalipto da RFFSA em tenebrosas transações de reassentamento. Isso a iniciativa privada que clamou pela privatização não pressionou o governo a fazer.
 Responsabilidade social, cesta básica no natal!




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