terça-feira, 1 de abril de 2014

Metrô de São Paulo não recebeu todos investimentos programados


Sabe quando se diz que a corrupção atrapalha o país, ou que falatam verbas para isso aqui-lo aquui e acolá? Pois se sabemos que a roubalheira atrapalha parece não sabermos o quanto, ainda tem quem acredite no rouba mas faz. na matéria do portal R7 reproduzida abaixo fica bem claro o quanto se deixa de fazer por causa da tolerãncia com a coorrupção os Kilômetros e kilômetros de metrô que deixaram de ser feitos com um único desfalque.

Tiago Chiaravalloti/17.03.2014/Futura Press/Estadão Conteúdo
A Receita estadual, subordinada à Secretaria estadual da Fazenda, é uma caixa preta que se converteu em alvo de sucessivas investigações da Polícia Federal e do Ministério Público em processos iniciados em 2011. Segundo deputados da oposição da Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo), há uma completa falta de transparência no órgão responsável pela arrecadação do Estado justamente num momento em que, segundo os deputados, o governo deixa de investir R$ 14,6 bilhões nos últimos três anos em áreas cruciais, como em ações da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) e na expansão do Metrô e da CPTM.
O mais recente escândalo da Receita estadual envolve a funcionária da Procuradoria-Geral de São Paulo Denise Alves dos Santos, indiciada pela Polícia Federal em fevereiro de 2013 por participação na quadrilha que se infiltrou na Secretaria da Fazenda do Estado para semear um esquema de corrupção e acobertar sonegação. Ela permaneceu por quase um ano no cargo mesmo após as denúncias virem à tona.
A investigação da PF, encerrada ainda em fevereiro de 2013, mostrou como a organização criminosa, da qual Denise fazia parte, corrompeu servidores da pasta para obter processos fiscais de empresas autuadas por sonegação. A operação Lava Rápido, da PF, indiciou por quadrilha, corrupção passiva e subtração de documentos duas funcionárias da área administrativa da Fazenda — Cleiresmar Machado e Maria Rodrigues dos Anjos, além de Denise Alves dos Santos.
Cleiresmar e Maria foram exoneradas pela Secretaria da Fazenda em 9 de janeiro de 2013, durante as investigações da PF. Já Denise permaneceu por mais um ano em seu cargo na Procuradoria-Geral. Ela só foi processada em janeiro deste ano, e por "faltar injustificadamente 30 dias consecutivos" ao posto de trabalho — entre 1º de março e 18 de abril de 2013, e de 13 de maio a 28 de junho do mesmo ano.
Segundo a investigação da PF, as três tinham acesso a procedimentos fiscais e aos autos de infração e imposição de multas. A essas funcionárias cabia a missão de dar sumiço nos autos de processos fiscais dentro da Secretaria da Fazenda. A PF calcula que pelo menos cem processos desapareceram entre 2009 e final de 2012.
Investimentos
Para o líder do PT na Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo), João Paulo Rillo, a falta de transparência da máquina pública de São Paulo dificulta os investimentos do governo em áreas essenciais para o Estado.
— [O governador Geraldo] Alckmin centraliza as decisões, não admite transparência nem participação da sociedade na definição dos investimentos estaduais. Este isolamento conduz o governo a erros como os atrasos nos investimentos para o Metrô e trens e para o sistema de abastecimento de água para a Grande São Paulo e a região de Campinas.
Rillo reclama que, por outro lado, que “projetos discutíveis, como o Complexo Cultural da Luz, na capital, já recebeu mais de R$ 100 milhões nos últimos anos e teve suas obras paralisadas". O secretário de Fazenda do Estado de São Paulo, Andrea Calabi, esteve na Alesp na semana passada para apresentar a prestação de contas sobre a execução do último quadrimestre de 2013, mas não conseguiu contentar a oposição com suas explicações na ocasião.
Segundo a deputada Beth Sahão (PT), praticamente a única representante da oposição naquela reunião, o secretário saiu pela tangente quando questionado sobre a dificuldade para executar os recursos aprovados. Calabi costuma atribuir a baixa execução do orçamento a problemas como demora para liberação do licenciamento ambiental de obras e aos rígidos sistemas de controle dos órgãos de fiscalização. Outro problema seria o aumento no número de empresas participantes das licitações, que costumam levar a batalhas judiciais.
Para Sahão, contudo, as explicações não são suficientes. Segundo ela, o governo “tem de ser mais transparente, tem de apresentar contas”.
— Diversas contas foram desaprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado. Por que não foram feitos investimentos maciços para que a gente pudesse evitar esse risco de racionamento da região metropolitana? Uma empresa com as característica da Sabesp deveria estar preparada para um longo período de estiagem. Por que deixaram de aplicar mais de R$ 1,2 bilhões do Metrô? Qual a razão disso, dessa morosidade?


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