quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Duas notícias, uma grande suspeita!

Codepac tem interesse em locomotivas elétricas
Publicado: sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Sérgio Losnak, presidente do Codepac, conta que o grupo identificou cerca de 40 locomotivas Loba, que eram utilizadas pela antiga estrada de ferro Sorocabana.


Ieda Rodrigues


Entre vagões, peças e equipamentos ferroviários obsoletos reunidos em Bauru e que estão prestes a serem classificados pelo Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit) como sucata, o Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Bauru (Codepac) encontrou locomotivas elétricas Loba que serão solicitadas para exposição em museus na cidade.


Em reunião ontem, integrantes do órgão e da prefeitura e de outras entidades ligadas à preservação do patrimônio ferroviário percorreram os pátios de Triagem Paulista e Esplanada Central onde a América Latina Logística (ALL) está reunindo 2,3 mil equipamentos imobilizados, obsoletos ou acidentados que estavam estacionadas em pátios ou margem da ferrovia na malha paulista e Estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.


Sérgio Losnak, presidente do Codepac, conta que o grupo identificou cerca de 40 locomotivas Loba, que eram utilizadas pela antiga estrada de ferro Sorocabana. “Essas locomotivas elétricas estão em bom estado de conservação. Fizemos levantamento técnico e fotográfico. Agora vamos fazer um relatório fundamentando a importância histórica dessas máquinas para, então, solicitar algumas delas para Bauru, para exposição pública”, conta.


Ele ressalta que a locomotiva Loba não circulava na região de Bauru, mas mesmo assim merece ser preservada na cidade cuja origem é ligada à ferrovia. “Quem sabe, no futuro, uma destas locomotivas não pode ser exposta na estação da Sorocabana em Bauru?”, questiona. Losnak frisa que é o momento do município solicitar ao Dnit a doação de itens ferroviários que considera ter valor histórico porque todo o material inservível reunido em Bauru será vendido como sucata.


Além do Codepac, participaram da vistoria às locomotivas, vagões e outros equipamentos ferroviários antigos e obsoletos pertencentes ao Dnit integrantes da Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de Bauru (Assenag), Instituto dos Arquitetos de Bauru (IAB), secretarias de Cultura e Planejamento, Associação de Preservação Ferroviária e Ferromodelismo de Bauru, Associação Amigos dos Museus de Bauru e Conselho Municipal de Cultura de Bauru.

Segunda notícia


A oficina de vagões de Sorocaba fecha o ano com serviços de recuperação de 1.450 vagões


Luiz Setti


A América Latina Logística (ALL) iniciou uma operação limpa-pátio com o recolhimento de 2,3 mil vagões, locomotivas e carros de passageiros estacionados em pátios ou à margem da ferrovia na malha paulista e dos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Desse total, 1.365 vagões pertencem à ALL e parte deles poderá ter recuperação nas oficinas da empresa localizadas em Sorocaba e em Rio Claro. O plano de retirada dos vagões está previsto para ser concluído em meados de janeiro de 2010. São vagões imobilizados, obsoletos ou acidentados, que estão em pátios e ao longo da ferrovia. Em Sorocaba foram recolhidos 23 carros de passageiros e 57 locomotivas elétricas. A maior parte do material já saiu do município, com destino à oficina de Bauru. Apenas 14 locomotivas ainda aguardam novos destinos.


Para o coordenador da oficina em Sorocaba, Robson Pezzotta, o recolhimento dos vagões sucateados ajuda na logística e trabalho desenvolvido nas oficinas e em toda a malha ferroviária. Além do espaço que ocupam em pátios e oficinas, esses vagões eram alvos de vandalismos e furtos de metais e outros materiais que pudessem ser comercializados. As equipes de segurança da empresa chegaram a fazer vários flagrantes. Pezzotta explicou que o trabalho para a retirada desses carros e locomotivas exige veículos especiais, pois os vagões estão sem freios.


O gerente de vagões da ALL, Rodrigo Goulart, informou que boa parte da frota recuperada estava inutilizada há anos, sem qualquer previsão de voltar a rodar. A oficina de vagões da ALL em Sorocaba fecha o ano de 2009 com serviços de recuperação de 1.450 vagões. Desse total, cerca de 900 passaram por manutenção preventiva e 500 foram totalmente recuperados e transformados. O aumento foi de 9% em relação ao ano passado, quando totalizou 1.330 vagões. Os serviços de recuperação de novo lote de vagões devem começar em março de 2010 e vão transformar as unidades em vagões plataforma, tanques e graneleiros. Nos casos de vagões destinados à sucata, terá que haver autorização da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).


Outros 635 vagões - pertencentes ao Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit) após a falência da extinta Rede Ferroviária Federal S/A (RFFSA) - serão isolados em 17 pátios e identificados para que o órgão proceda com a destinação adequada dos bens. O plano teve início em meados de novembro passado. Toda a operação deve estar concluída até 15 de janeiro de 2010.


Manutenção e recuperação


Na oficina da ALL em Sorocaba, o ritmo de trabalho é intenso. O quadro formado por 256 colaboradores atua na recuperação e revisão de aproximadamente 120 vagões por mês. Para a realização do trabalho, a ALL investiu somente na oficina local mais de R$ 46 milhões em tecnologia, treinamento, compra de equipamentos e contratação de novos profissionais. A estrutura física da oficina também teve investimento de R$ 2 milhões, para reformas e melhorias no piso e telhado, informou Pezzotta.


Mais investimentos estão previstos para 2010, a fim de dar continuidade a essas melhorias, adiantou. O trabalho das equipes na oficina envolve desde uma simples manutenção até a reconstrução de vagões. Um tipo de “viga” dorsal do vagão permite ainda as transformações. Pezzotta citou como exemplo as gôndolas de dois andares que estão sendo praticamente construídas para a Camargo Corrêa. Esse tipo de gôndola está sendo feita no prédio onde, na época da Fepasa, eram recuperadas locomotivas elétricas.


Entre os principais projetos de 2009 está a transformação de 123 vagões para a VCP e de 197 para a Camargo Correa. A oficina tem cerca de 120 mil metros quadrados de área, dos quais 70 mil metros quadrados são formados por galpões que abrigam diversos equipamentos específicos para ferrovias, como por exemplo, pontes rolantes com capacidade de elevação de até 140 toneladas.


Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul - Sorocaba

Comentários meus:

Para quem não sabe há pouco tempo, aconteceram denuncias de sucateamento irregular e venda ilegal de sucata feitas contra a ALL, dando conta de corte e venda de mais de 3000 vagões e centenas de locomotivas elétricas. este material fazia parte da frota morta da RFFSA e boa parte dele havia sido devolvido como inservivel a RFFSA pela Brasil ferrovias.
inclusive com denuncias de furto de trilhos do VLT de Campinas, feitas pela Polícia Ferroviária Federal.

A concidência do número não chama a atenção? A matéria fala de recuperação de carros de passageiros e locomotivas elétricas, coisa que a ALL não usa, acho que a ALL continua sentando o cerol nos bens devolvidos a RFFSA, e pagando matéria para convencer de que estaria reformando alguma coisa, nos própio números de materila recuperado dá para ver que o trabalho foi feito em cima de coisa que estava rodando e não largada em pátios.

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