Vale reune ativos de logística em nova companhia chamada VLI
1 de novembro de 2012
A
Vale está tirando do papel o projeto de uma nova empresa de logística,
chamada Valor da Logística Integrada (VLI), que vai reunir ativos de
ferrovia e portos para transporte de carga geral, excluindo os ativos
tradicionais da companhia que movimentam minério de ferro. Por enquanto,
a controlada VLI é 100% da companhia, mas a direção da mineradora está
atraindo investidores internacionais para fechar uma parceria no
negócio, apurou o Valor. Dois projetos da nova empresa somam
investimentos da ordem de R$ 8 bilhões.
Constituída
com o nome de Vale Logística Integrada no ano passado, a VLI mudou de
nome recentemente. A ideia da Vale ao criar
a companhia é concentrar ativos e operações no segmento de logística de
carga geral numa única empresa controlada e dar mais foco a gestão
deste negócio, como destaca em comunicado enviado à CVM.
Inicialmente,
os planos da mineradora para a VLI incluiam uma abertura de capital
(IPO, na sigla em inglês) na Bovespa. Mas isso foi alterado. A Vale
optou por abrir espaço para sócios estratégicos. O
motivo do novo desenho do projeto foi a crise global que tem derrubado
os preços do minério de ferro e as cotações das commodities metálicas.
A Vale passa por um ajuste estratégico, dentro de um cenário adverso,
para reduzir custos e a busca de parceiros para seus projetos faz parte
do novo modelo de gestão.
A VLI vai
gerir e operar a Ferrovia Centro-Atlântica (FCA); a ferrovia Norte-Sul; o
Porto de Mearim, no Maranhão, em fase de implantação; e o TUF (antigo
terminal da Ultrafértil) expandido, instalado no porto de Santos, que
anteriormente ficaria sob a guarda da Vale Fertilizantes.
O
projeto do Terminal portuário de Mearim (TPM), em Bacabeira, a 60
quilômetros da capital São Luís, deve receber cargas pelas ferrovias
Norte-Sul e Estrada de Ferro Carajás (EFC). A assessoria da Secretaria
de Desenvolvimento, Indústria e Comércio do governo do Maranhão
confirmou o projeto ao Valor, avaliado em R$ 4,5 bilhões.
O
terminal maranhense, em fase de licenciamento
ambiental, está sendo tocado por um consórcio formado pela Vale e pela
Aurizônia Empreendimentos, empresa com sede no Rio. A Aurizônia e a Vale
já conseguiram a outorga de construção do terminal da Agência Nacional
de Transportes Aquaviários (Antaq), no ano passado. Depois da
construção, o consórcio que vai operar o porto de Mearim terá que
solicitar à Antaq autorização para operar o TPM. A concessão deste porto
privativo é de 25 anos, prorrogados por mais 25.
O
Valor procurou Antonio Assumpção, procurador da Aurizônia
Empreendimentos, no Rio, que responde pelo projeto, para falar sobre a
participação da empresa no empreendimento de Mearim, mas o executivo não
respondeu aos telefonemas.
A
Aurizônia previa construir uma siderúrgica na retroárea de Mearim, onde
está sendo erguida ainda uma refinaria da Petrobras, cujo investimento
foi adiado para 2018. O local do TPM é estratégico para negócios de
carga geral.
Além
do TPM, a nova companhia vai operar o Terminal da Ultrafértil (TUF),
cuja expansão deve demandar recursos de R$ 3,5 bilhões, incluindo
melhorias na FCA. A Vale, através da VLI, tem planos de se tornar a
maior operadora de logística integrada para exportação de granéis
sólidos no porto de Santos (SP). O terminal será ampliado em 300% sobre
sua capacidade atual. E será acessado por ferrovia, sem adicionar nenhum
caminhão na região, informou fonte próxima da Vale envolvida na criação
da VLI.
A ampliação do TUF está em processo de
licenciamento ambiental e é prevista para entrega em 2015, mas ainda não
tem outorga da Antaq para a construção. O terminal passou para a Vale
com a compra da Ultrafértil, em 2010. As obras de expansão do TUF
incluem a construção de mais três berços de atracação. Hoje tem apenas
um.
O
empreendimento vai comportar ainda a compra de material rodante para a
FCA e a construção e adaptação de terminais e pátios de apoio nas
proximidades da malha da estrada-de-ferro para integrar ferrovia e
porto, informou a assessoria do terminal. A FCA corta sete Estados sendo
os quatro do Sudeste, Bahia, Sergipe e Goiás e sempre transportou
commodities agrícolas até o porto de Santos para outros terminais.
Murilo
Ferreira, presidente executivo da Vale, apresentou a VLI à presidente
Dilma, em reunião no Planalto, em 25 de outubro, após divulgação do
balanço trimestral da companhia.
Valor Econômico.
O tal TPM está sendo projetado pela Petrobras, e provavelmente a vale vai ser só usuária.
E vai o governo usando as estatais como bote salva-vidas dos outros, primeiro para salvar o porto do açu agora para salvar o de mearim, e o lucro da Petrobras caindo, tal como foi feito com os bancos nos EUA no início da crise.
Observem que citam 2 investimentos que somam a incrível quantia de 8 bilhões.
E vai o governo usando as estatais como bote salva-vidas dos outros, primeiro para salvar o porto do açu agora para salvar o de mearim, e o lucro da Petrobras caindo, tal como foi feito com os bancos nos EUA no início da crise.
Observem que citam 2 investimentos que somam a incrível quantia de 8 bilhões.
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